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Um desleixo monumental no Monumento Natural das pegadas de dinossauro

Um desleixo monumental no Monumento Natural das pegadas de dinossauro

O geólogo António Galopim de Carvalho, conhecido por ter ajudado a preservar vários trilhos de dinossauros, um dos quais na Serra d’Aire, disse no dia 11 de Agosto ao jornal Público que o mesmo está abandonado e num estado de degradação lamentável e que a manutenção é inexistente. Ou seja, gastaram-se rios de dinheiro para nada, como costuma acontecer regularmente em Portugal.

Os trilhos de saurópedes com 175 milhões de anos foram descobertos, por acaso, no Verão de 1994, por três jovens, na chamada Pedreira do Galinha, junto à localidade do Bairro, concelho de Ourém. Dois anos mais tarde o Estado pagou uns milhões para que a pedreira fosse encerrada e fez do local o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra D’Aire e Candeeiros.

A partir daí o local foi-se degradando, entre anúncios de investimentos e soluções para o preservar. José Alho, um político de Ourém que já teve mil e um cargos, foi coordenador do Programa de Intervenção no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios das Serras de Aire, entre Setembro de 1996 e Julho de 2000 e entre Janeiro de 2001 e Agosto de 2008, mas os resultados da tal intervenção que coordenou não travaram a degradação. E o projecto anunciado há dois anos, para gastar ali cerca de meio milhão de euros para potenciar e valorizar o espaço, parece ter o mesmo resultado, se é que já saiu do papel.

Galopim de Carvalho diz que a situação deplorável é da responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza (ICN) e fala em propostas que fez ao longo do tempo para preservar o local mas às quais ninguém ligou. Pela minha experiência, dentro em breve vai ser anunciada mais uma fantástica obra de manutenção acompanhada por uma previsão de chuva de milhares ou milhões de fundos comunitários e a degradação vai continuar... assim que assentar a poeira.

Francisco M. Correia Rodrigues

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