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O problema do Tejo são os interesses portugueses e espanhóis

Muito se tem falado da tristeza que se passa no rio Tejo e eu que vivo há 57 anos nas Barreiras do Tejo, em Abrantes, não podia estar mais de acordo. Em jovem, mal se falava na qualidade da água, mas eu por ali andei a nadar. Vivo lado a lado com o rio e nunca o vi tão miserável sobretudo no que ao caudal diz respeito. Se no meu tempo se lamentava uma ou outra morte por afogamento de quem se aventurava pelas águas do rio, agora o perigo é o de escorregar nas pedras para passarmos a margem para o Rossio. Há dias li no jornal que mais parece um ribeiro e é bem verdade. Mas nem tudo é mau e, verdade seja dita, desde há uns anos para cá deixámos de ver a água tão negra.

Todos os dias faço os meus passeios diários na zona do Aquapolis e diariamente acompanho o rio que tem sido o meu companheiro durante décadas. Hoje olho e apetece-me bater nos políticos espanhóis e portugueses. É certo que o rio nasce em Espanha, mas também é de todos os portugueses. Se o Governo espanhol nos vai dando caudal quase por favor então é obrigação do Governo português marcar uma posição na distribuição do caudal e não se contentar com o mínimo. Se não há condições para Portugal ser auto-suficiente com as reservas das nossas barragens então que se encontrem condições com todos os milhões que vão chegar da bazuca. Já não bastavam os interesses que temos por cá, agora também temos que lidar com os interesses espanhóis.

Susana Mendes

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