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Requalificação do Castelo de Ourém não agrada a todos
Castelo de Ourém reabriu ao público a 28 de Julho depois de obras de requalificação e tem sido alvo de críticas na internet

Requalificação do Castelo de Ourém não agrada a todos

Presidente da Câmara de Ourém refere que as obras no Castelo de Ourém foram acompanhadas pela DGPC e obedecem às normas europeias em vigor. Contestação surgiu na internet e envolve muitos munícipes.

A requalificação do Castelo de Ourém, que reabriu ao público a 28 de Julho, está a ser alvo de críticas na internet. Algumas das alterações feitas no monumento, especialmente as escadas em lajes de betão e o tecto de metal, receberam críticas e foram até mesmo alvo de troça. Contactado por O MIRANTE o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, explicou que a obra foi sempre acompanhada por técnicos da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).

“O projecto obedece a normas europeias em vigor que refere que o restauro deste tipo de edificado devem ser feitos com materiais modernos”, afirmou. Albuquerque desmente que as escadas sejam em betão. São feitas de calcário, que é um elemento característico da região de Ourém. “Antes de criticarem as pessoas deveriam tentar perceber porque é que as coisas são feitas de determinada maneira”, reflectiu.

O presidente da Câmara de Ourém explicou ainda que as escadas que foram requalificadas datavam de 1940 e nada tinham a ver com o original do Castelo. Já tinham sido substituídas na altura por apresentarem perigo para quem as utilizava. Foram agora requalificadas de modo moderno de acordo com o projecto e com as normas europeias. “Todas as pessoas que fazem uma visita guiada ao Castelo de Ourém ficam elucidadas e sem dúvidas do que foi feito”, acrescentou Luís Albuquerque convidando todos os que criticam a visitar o requalificado Castelo de Ourém. Em relação ao tecto em metal, Albuquerque adianta que não causa impacto visual uma vez que está distante da observação dos visitantes.

O município adjudicou a obra de reabilitação do Castelo e Paço dos Condes de Ourém e a sua adaptação para espaços museológicos ao consórcio externo “Alberto Couto Alves, S.A/Revivis – Reabilitação, Restauro e Construção Lda”. Para além dos trabalhos de conservação e restauro a empreitada incluiu ainda a construção de um museu e dois passadiços. Um deles para recriar o passadiço que originalmente ligava o Paço dos Condes aos Torreões. O outro liga a Torre Dona Mécia e a Torre Nordeste.

A empreitada foi financiada por fundos comunitários através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) aprovado no valor de 1.460.061 euros. Este projecto inclui também um museu e a estátua de D. Nuno Álvares Pereira foi colocada noutro local. A torre de Dona Mécia tem uma cobertura e foram recriados os pisos anteriormente existentes.

Integrado na Vila Medieval de Ourém, o conjunto monumental constituído por Castelo, Paço do Conde e sua envolvente, foi considerado Monumento Nacional em 1910. O projecto de requalificação foi apresentado há três anos, a 28 de Março de 2018, resultando do protocolo de cooperação celebrado entre a Fundação da Casa de Bragança (proprietária do monumento) e o município de Ourém (responsável pela sua tutela), motivado pela necessidade de promover o turismo através da requalificação deste símbolo da região.

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