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Realização da FRIMOR é um passo no sentido da retoma
Filipe Santana Dias, presidente da Câmara de Rio Maior

Realização da FRIMOR é um passo no sentido da retoma

A Feira Nacional da Cebola está de regresso a Rio Maior após um ano de interregno devido à pandemia. O município arriscou na realização do evento e investiu num cartaz musical de renome dando o mote num tempo que se espera ser de retoma da actividade económica e social.

A realização da FRIMOR – Feira Nacional da Cebola marca o regresso dos eventos de grandes dimensões a Rio Maior após ano e meio de pandemia. O que é que o levou a assumir esse risco?

Temos felizmente em Rio Maior uma taxa de vacinação da população elevada, já a rondar os 75%. Por isso consideramos que temos condições para, em segurança e respeitando as normas da DGS (Direcção-Geral da Saúde), poder realizar este evento. Não tomámos a decisão sem, obviamente, consultar a DGS, quer a nível local quer a nível nacional. Além disso, Rio Maior, tal como o resto do país, precisa de começar a recuperar a sua normalidade, embora com calma, regras e restrições.

Que restrições estão previstas para a FRIMOR?

Temos muitas restrições, nomeadamente entradas só com certificado de vacinação ou teste negativo. Há também limites ao número de pessoas quer no interior do pavilhão quer no espaço de concertos. Ainda assim, achámos que tínhamos mais a ganhar, enquanto concelho, realizando a feira do que deixando de a fazer.

Ou seja, a feira não vai ainda ser nos moldes de antes da pandemia.

O formato da feira vai ser muito idêntico mas o número de participantes permitido não vai proporcionar aquela moldura humana que costumávamos ter nas nossas feiras. No interior do pavilhão vamos poder ter, creio, cerca de 700 pessoas – para se ter uma ideia, numa noite de sábado nas Tasquinhas se calhar temos quatro mil. No espaço de concertos, ao ar livre, vamos ter uma lotação máxima de 3.500 pessoas. Funcionará no parque desportivo ao lado do pavilhão e que é gerido pela Desmor.

Um cartaz musical apelativo, como é o deste ano, acaba por ser um chamariz para mais público.

Rio Maior tem investido na FRIMOR com uma estratégia que, creio, é o segredo de várias feiras: um local onde não se coma bem e não se ouça boa música dificilmente atrai grande público. Quisemos manter o cartaz que estava programado para 2020 e apostámos forte numa actividade cultural de nível. Ainda que não possamos ter seis, sete ou oito mil pessoas a assistir decidimos manter essa qualidade.

Que expectativas tem para a edição deste ano?

Tenho esperança que corra muito bem. Em primeiro lugar porque as pessoas estão conscientes que existem limitações e, portanto, têm de ter respeito por algumas regras que normalmente não existem. Ao fim de quase dois anos de pandemia, as pessoas estão mais do que formatadas para poderem ter a noção daquilo que podem ou não fazer. Acho também que a sociedade, de uma forma geral, está ávida de actividade, está desertinha para sair de casa. Tenho muita esperança que as pessoas, com calma e algum receio, participem bastante nesta feira.

A adesão de expositores foi a habitual?

Não foi a habitual porque não podemos ter o mesmo número. Mas a adesão foi muito boa, desde o sector agro-alimentar que temos no pavilhão, à chamada feira franca cá fora. Assim que fizemos os contactos dizendo que iríamos realizar a feira choveram intenções de participar. Também a nível económico e financeiro as pessoas estão ansiosas por retomar a sua actividade. Assim que abrimos as inscrições para a feira rapidamente montámos os espaços que podíamos ter disponíveis.

Deram algum incentivo ou desconto aos vendedores?

Este ano quase oferecemos os espaços todos como incentivo à retoma da actividade. Também não vamos cobrar taxas às diversões, tal como continuamos a não cobrar aos expositores do agro-alimentar, para poderem estar connosco e com calma fazerem esta retoma. Esta nova forma de organizar a FRIMOR, num ano especial, representa obviamente uma despesa extra mas também nos dá a certeza que estamos a fidelizar estas pessoas para, nos anos seguintes, poderem regressar.

Este ano é também especial porque a FRIMOR decorre no mesmo mês das eleições autárquicas. É uma feliz coincidência?

Efectivamente é! A feira de Setembro de Rio Maior tem mais de 250 anos e penso que quando foi criada não se calculasse que pudesse ir haver eleições autárquicas na mesma altura (risos)… A FRIMOR é algo que pretendemos manter, independentemente das eleições, e organizámo-la como a organizaríamos se não fosse ano de eleições.

Receita dos concertos para Bombeiros e Cruz Vermelha

A FRIMOR – Feira Nacional da Cebola regressa ao pavilhão multiusos e zona envolvente de 1 a 5 de Setembro. Tasquinhas, concertos, ceboleiros, doçaria regional, diversões, exposição agroalimentar e empresarial compõem o multifacetado cartaz.
O programa de concertos da FRIMOR 2021 conta com nomes reconhecidos da música nacional, nomeadamente Pólo Norte (dia 2), Amor Electro (dia 3) e Resistência (dia 4). A abertura fica a cargo do grupo Sons do Minho, na noite de dia 1. Os espectáculos são todos às 22h30. Os bilhetes estão à venda no Cineteatro Municipal, bilheteira da FRIMOR e na Ticketline.

As receitas de bilheteira dos concertos da FRIMOR vão reverter a favor dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior e da delegação de Rio Maior da Cruz Vermelha Portuguesa. Um gesto de agradecimento a essas entidades pelo trabalho desenvolvido ao serviço da comunidade nestes tempos de pandemia.

“Espero que as pessoas adiram aos concertos, até porque os preços dos bilhetes não são elevados. Cada concerto custa 4 euros e o bilhete antecipado para os concertos todos custa 7,5 euros”, diz Filipe Santana Dias. O espaço terá controlo de entradas e assim que a lotação estiver esgotada os bilhetes deixarão de ser vendidos. O autarca pede alguma compreensão às pessoas que pretendam assistir a algum dos espectáculos e se deparem com a lotação esgotada, acreditando que com a venda antecipada de ingressos tudo correrá bem.

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