A Asfertglobal, empresa de produção e comercialização de biofertilizantes e produtos de biocontrolo para a agricultura, com sede em Perofilho, Santarém, e presença em mais de duas dezenas de países está a crescer mais de 25 por cento ao ano, em contra-ciclo à economia nacional. O director-geral, Joel Jerónimo, sublinha esse facto e reafirma o compromisso com a conservação dos ecossistemas e o uso sustentável dos recursos naturais explicando que a defesa do ambiente não implica a diminuição da produção.

“Hoje temos uma panóplia de soluções que nos permitem produzir de forma sustentável, com qualidade, garantindo altas produtividades sem recorrer a químicos de síntese e pesticidas. Creio que o caminho a tomar será desenvolver e aplicar ao solo soluções à base de substâncias naturais e/ou sem resíduo que permitam aumentar e estimular a microbiologia e a sanidade do solo, de forma a podermos produzir com o mínimo de substâncias nocivas para o meio ambiente”, refere.

Para a Asfertglobal as novas políticas ambientais acabam assim por dar ênfase aos produtos que desenvolve como as substâncias de biocontrolo; os biofertilizantes e os bioestimulantes. “Não duvidemos que a sustentabilidade da agricultura actual reside na inovação tecnológica que permitiu atingir um nível de segurança alimentar nunca antes conseguido”, acrescenta o gestor.

A empresa tem desenvolvido, em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, soluções inovadoras e sustentáveis que vão ao encontro da necessidade de produzir mais sem qualquer impacto ambiental. Para reforçar esse compromisso com os clientes conta com uma equipa técnica, formada por agrónomos especializados de forma a responder atempadamente às suas necessidades e expectativas.

O sector agrícola não registou paragens durante a economia e a equipa da Asfertglobal esteve sempre disponível para acompanhar os clientes e prestar-lhes apoio técnico. A maior dificuldade que a empresa enfrentou neste período acabou por ser a nível logístico, como a falta de contentores disponíveis para certos destinos para onde exporta.

A actual situação do Tejo, nomeadamente o problema dos reduzidos caudais, é algo a que o director-geral da empresa acompanha com muita atenção, dado o impacto no meio ambiente e na agricultura.

“A situação do Tejo é uma preocupação, não só para os agricultores da região como também a nível nacional e internacional. A construção de estruturas de armazenamento de água como barragens, seria uma rápida solução para se garantir o armazenamento de água, sob pena da agricultura nesta região ficar comprometida. As culturas nesta região dependem maioritariamente da água do rio, onde já se registam problemas de salinidade devido sobretudo à subida das águas do mar. Esses problemas só serão resolvidos com o aumento dos caudais do rio”, sustenta.

A Agroglobal, em Valada do Ribatejo, que vai regressar presencialmente, este ano, a 7, 8 e 9 de Setembro é encarada como uma feira de referência no sector agrícola dada a presença de toda a fileira de uma forma 100% profissional e, para Joel Jerónimo, trata-se de uma excelente oportunidade de partilha de conhecimento visando o agro-negócio.