Plastiagro com os agricultores no cumprimento das exigências ecológicas
Maria Noémia Maurício sublinha planeamento e capacidade de adaptação da empresa.
O sector dos plásticos para agricultura está em evolução e a Plastiagro, de Almeirim, tem acompanhado esse esforço em defesa do ambiente. Exemplo disso são os plásticos biodegradáveis para culturas agrícolas como o melão, a melancia ou o pimento, que vieram substituir o que se usava, sem afectar a produtividade.
A sócia-gerente da empresa, Maria Noémia Maurício explica o posicionamento da empresa e o que tem feito para ajudar os clientes a cumprir as novas regras. “As exigências ecológicas irão aumentar nomeadamente no sector agrícola e terão um forte impacto. Temos procurado estabelecer parcerias, em particular com fornecedores que, sendo sensíveis a esta temática, investem em Investigação e Desenvolvimento (I&D) e produzem novos produtos”, explica.
Para a Plastiagro a proximidade é um factor de sucesso. Durante o actual período de pandemia a proximidade manteve-se, mas em alguns casos foi necessário recorrer à internet, nomeadamente às videoconferências, o que foi feito de forma muito positiva.
O mercado enfrentou alguns problemas devido à escassez de produtos e aumento exponencial dos preços das matérias-primas mas, na Plastiagro, a atenção habitualmente dada ao seu planeamento estratégico e a sua capacidade de adaptação, permitiram-lhe superar as dificuldades e dar resposta aos clientes com o mesmo rigor e profissionalismo. Tal postura foi reconhecida e distinguida.
“A forma como nos adaptamos às alterações permitiu que os anos de 2019, 2020 e também 2021 fossem anos de crescimento do volume de negócios. Aliás, no ano 2020, em pleno período de pandemia, a Plastiagro recebeu três distinções: foi considerada uma das cinco melhores PME Líder de Portugal; uma das 10 melhores empresas de Portugal no sector de actividade onde está inserida e uma das 10 melhores empresas da região de Santarém”, refere Maria Noémia Maurício.
Sobre a feira agrícola Agroglobal, a 7, 8 e 9 de Setembro, diz ser um certame de referência do sector agrícola em Portugal, que permite tomar conhecimento e presenciar as inovações servindo simultaneamente de local de encontro entre os diferentes “stakeholders” da Plastiagro.
Menos positiva é a forma como o poder central trata o Tejo e a relevância que dá à agricultura, a nível do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e o PNI 20-30 (Plano Nacional de Investimentos) 20-30.
“O PRR é, segundo o Governo, um instrumento estratégico que, pela dimensão da sua dotação, tem como um dos principais objectivos permitir a realização de reformas e investimentos estruturantes. No entanto, a reduzida percentagem dessa dotação que está destinada à agricultura dificilmente irá permitir o cumprimento desses objectivos no sector. Quanto ao rio Tejo ele só passará a ter a importância que merece no dia em que se conseguir convencer o poder político que Lisboa irá beneficiar com isso”, sublinha.