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O caso do desaparecimento de Sandra de Jesus dá que pensar 

No dia 19 de Agosto O MIRANTE noticiava o desaparecimento de Sandra de Jesus, que dava conta do desespero da sua família. Passados seis dias veio a saber-se que afinal a senhora estava de férias e isto dá que pensar. Vivemos num mundo acelerado, onde a informação circula rápido e onde qualquer um pode saber onde estamos, bastando para isso pesquisar as nossas redes sociais. Fotografias, vídeos em directo, localizações. Informamos onde estamos, onde jantamos, o que comemos e para onde vamos. Quando li a notícia sobre o desaparecimento a primeira coisa que fiz foi pesquisar o nome da senhora no Facebook. Até tinha dois, veja-se bem. Mas em nenhum tinha qualquer informação recente que pudesse ser uma pista sobre o seu paradeiro. Dei por mim a pensar: E se quisesse desaparecer? Não tem esse direito? A resposta é sim, tem. Numa curta pesquisa pela internet fiquei a saber que as autoridades respeitam esse direito. Chama-se desaparecimento voluntário e não está ligado a qualquer crime. Está apenas ligado à vontade de uma pessoa adulta que simplesmente quis desaparecer. Se esta fosse a intenção de Sandra de Jesus, ter um país a conhecer-lhe o rosto através de notícias e partilhas da sua fotografia em redes sociais, poder-lhe-ia estragar os planos de vida. As intenções eram boas, mas teremos esse direito?
Maria Manuela Correia

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