O turismo na região ribatejana encontra-se ainda num nível incipiente comparativamente com outros pontos do país, com excepções há muito identificadas. Fátima, pelo fenómeno religioso, e Tomar, pela sua monumentalidade e ligação ao mito dos templários, são os dois únicos pólos de turismo de massas desta região. As salinas de Rio Maior ou os restaurantes de Almeirim são também muito procurados pelos visitantes, mas de passagem e sem pernoita associada.

O património monumental de Santarém, de Ourém, de Torres Novas ou Abrantes tem também indiscutível interesse turístico, tal como as zonas ribeirinhas de Constância, Barquinha, Escaroupim ou Valada, por exemplo, mas parece que há muito por fazer no sentido de aproveitar de forma integrada e partilhada todo este potencial. O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é outro filão por explorar (melhor), tal como o dos Caminhos de Santiago que atravessam o Ribatejo.

Fica-se com a ideia de que os municípios e outras entidades ligadas ao sector estão satisfeitos com o (pouco) que têm e não estão muito virados para trabalhar em conjunto com o intuito de promover a região como um todo, com projectos comuns e de forte impacto que tragam turistas à região. Parece tudo desgarrado, cada um por si, com iniciativas avulsas para picar o ponto mas que, na verdade, têm um reduzido ou nulo impacto junto do público-alvo.
Ernesto Folgosinho