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Publicou fotomontagens de colega de trabalho e vizinhas em canal pornográfico 

Arguido usou fotos que obteve nas redes sociais, outras que tirou às escondidas com o seu telemóvel e outras que conseguiu retirar do tablet de uma comerciante, para publicar num site na internet com conteúdos pornográficos. Algumas fotos eram manipuladas colocando o rosto das vítimas em corpos nus.

Um ex-funcionário do Complexo Aquático de Santarém usou fotografias de mulheres, uma delas colega de trabalho, para publicar num site pornográfico, sendo várias delas manipuladas por um programa informático. Essa é a conclusão a que chegou o Ministério Público, que o acusa de quatro crimes de fotografias ilícitas agravados. As outras mulheres vivem na mesma zona que o arguido, sendo que uma é a dona de um café da localidade.

O arguido, na altura com 41 anos, criou um canal num site pornográfico para divulgar vídeos e fotografias. A dada altura, no ano de 2018, resolveu retirar do Facebook de uma funcionária municipal uma fotografia que manipulou, colocando a sua cara num corpo de outra mulher nua, segundo descreve a acusação, realçando que a inserção das imagens ocorreu em Setembro de 2018 e que estiveram disponíveis até 2 de Outubro.

Uma outra mulher, conhecida do arguido, também viu uma foto sua retirada da rede social e usada no canal pornográfico numa montagem que mostrava uma relação sexual com dois homens. A imagem esteve disponível até meio de Dezembro.

Para ter mais imagens no seu canal, o homem tirou com o seu telemóvel fotos à dona do café onde costumava ir, na mesma zona onde habitava, sem ela saber. Mas também conseguiu retirar, à socapa, fotografias da vítima directamente do tablet dela, já que, refere a investigação, o aparelho ficava muitas vezes em cima do balcão.

O maior número de fotos que usou foi da comerciante, ao ponto de criar um álbum onde colocou fotos originais em fato de banho e outras que usou em fotomontagens com corpos de outras mulheres nuas de forma isolada ou em cenários de relações sexuais.

Com a colega de trabalho, o arguido, que quando se soube a situação foi sujeito a um inquérito disciplinar e foi retirado para outro serviço, não publicou fotomontagens de carácter pornográfico. As fotografias que publicou foram tiradas com o telemóvel do arguido no complexo aquático, quando a vítima estava de serviço, e que puderam ser vistas no canal até ao início de Dezembro de 2018.

Além de começar a responder pelos crimes de fotografias ilícitas, as vítimas apresentaram acusações particulares por difamação, que são acompanhadas pelo Ministério Público, por considerar que, pelos elementos recolhidos no inquérito judicial, há indícios suficientes. O procurador já tinha deixado no despacho de acusação caminho aberto para que as mulheres pedissem para o arguido ser julgado por difamação, ao afirmar que ele colocou em causa o bom nome e a honra das vítimas.

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