Propagar uma percepção de insegurança... criada artificialmente
Na cidade do Entroncamento, um dos temas mais discutidos, se não mesmo o mais discutido, da campanha eleitoral é o da (in)segurança e todos os candidatos, à falta de um anormal registo de crimes, referem a percepção de insegurança da população e argumentam também que não há mais queixas porque as pessoas preferem não apresentar queixa.
Percebo o argumento da percepção, até porque, por vezes, também tenho a percepção que estão a gozar comigo ou que me estão a mentir ou enganar, embora o que eu percepcione nada tenha a ver com a realidade ou com a verdade.
Quanto à ausência de queixas tenho dúvidas que seja significativa, pelo menos em casos de furtos em residências, em lojas ou em veículos. Como é sabido sem um registo de uma queixa não se pode accionar um seguro.
Já agora, segundo números da Pordata referentes a 2020, no Entroncamento, durante o ano passado, houve 20 queixas por furtos em residências, 23 em estabelecimentos comerciais e 16 em veículos. Queixas por violência doméstica foram 39. Também de acordo com a Pordata, a cidade tem, segundo o Census deste ano, 20.140 habitantes.
Rui Ricardo