Uma habitação que está a sofrer obras de requalificação, na Rua do Sana, em Minde, está a ser abastecida de água através de uma ligação a uma boca-de-incêndio instalada numa rua perpendicular. Ao que tudo indica, a ligação deve-se ao facto de só existir rede pública de água instalado em metade dessa rua.

A presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, garantiu a O MIRANTE não ter conhecimento da situação e acrescentou que ia solicitar aos serviços da empresa intermunicipal Aquanena, responsável pela gestão do abastecimento de água, para se deslocarem ao local e apurarem responsabilidades. O MIRANTE tentou chegar à fala com o dono da habitação, mas tal não foi possível.

A ligação, visível a qualquer pessoa que passe junto à boca-de-incêndio, está a dar azo a comentários entre os moradores da vila que se dizem estupefactos com a situação. António Exposto considera mesmo inadmissível que um equipamento que deve estar à disposição dos bombeiros e que é fundamental em caso de incêndio esteja a ser utilizado para fins particulares.

Para se ligar ao sistema público de distribuição, obrigatório por lei, terá que ser efectuada a ligação do ramal, ou seja, a tubagem compreendida entre o limite da propriedade e a conduta de distribuição. Neste caso, segundo Fernanda Asseiceira, o conselho de administração da Aquanena decidiu há cerca de um mês, que por ser uma via com viabilidade de construção de mais habitações e ficar próxima da área com maior densidade populacional da vila, se iria “infra-estruturar a [parte que falta da] rua com sistema de abastecimento de água e saneamento”.