O Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria, onde funciona a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), tem o ar condicionado avariado há pelo menos quatro anos e há quem não consiga suportar o calor no interior do edifício.

A situação é particularmente complicada nos meses de Verão. As janelas e portas abertas não são suficientes para ventilar convenientemente o edifício. O desconforto térmico é grande, quer para quem trabalha como para os utentes e as queixas vão-se acumulando nos corredores. No último Verão foram as ventoinhas oferecidas por alguns utentes aos funcionários que permitiram que a situação fosse mais suportável mas até esses equipamentos já começam a denotar o desgaste de horas a fio em funcionamento.

Uma funcionária do Centro de Saúde diz a O MIRANTE que num momento de pandemia e em que os recursos afectos ao atendimento dos utentes são mais reduzidos, o grande desconforto térmico leva a “situações em que os utentes perdem a cabeça, acabando por gritar com quem não tem culpa nenhuma”.

Há também quem já se tenha sentido mal enquanto está à espera ou após receber tratamento. “Uma senhora desmaiou com o calor na semana passada e tivemos de a levar para a rua para apanhar ar fresco e sentir-se melhor”, lamenta uma outra utente ao nosso jornal. Também para os médicos e enfermeiros o calor é um problema. “Passamos o dia a transpirar e com as máscaras no rosto não é nada fácil. Tem sido muito complicado do ponto de vista anímico”, revela uma profissional do centro.

A situação é do conhecimento da tutela e do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo. Questionado por O MIRANTE a responsável do ACES explica que se encontra em curso uma intervenção na UCSP da Póvoa visando proporcionar a utentes e profissionais de saúde uma melhor climatização.