Os cinco eleitos da maioria socialista na Câmara de Torres Novas vão desempenhar funções a tempo inteiro, à semelhança do que aconteceu no anterior mandato. Para além do presidente Pedro Ferreira e do vice-presidente Luís Silva, vão ter funções executivas a tempo inteiro a vereadora Elvira Sequeira e os vereadores Joaquim Cabral e João Trindade. A proposta foi aprovada por unanimidade na primeira reunião do mandato, realizada na manhã de 21 de Outubro.

Na mesma sessão foi anunciada a distribuição de pelouros. Pedro Ferreira vai assumir pastas como as de segurança e protecção civil, recursos humanos, administração e finanças, coesão social e habitação, freguesias, revitalização dos centros históricos, programas comunitários, potencialização empresarial e comunicação e imagem.

O vice Luís Silva tem sob sua alçada pastas como as obras particulares, ordenamento do território, fiscalização municipal, património municipal, juventude e desporto. Elvira Sequeira fica com o associativismo cultural, rede museológica, património cultural, bibliotecas e Teatro Virgínia, entre outras.

Joaquim Cabral fica com a área da educação, transportes, turismo e património cultural, rede de saúde e vida activa. O estreante João Trindade assume responsabilidades em sectores com os da mobilidade urbana, espaços públicos e espaços verdes, ambiente, higiene e limpeza urbanas e frota automóvel.

Os vereadores da oposição Tiago Ferreira (PSD/CDS) e António Rodrigues (MPNT) não têm pelouros. António Rodrigues aproveitou a oportunidade para observar que o pelouro do urbanismo, que continua sob alçada de Luís Silva, devia ter “mudado de mãos”, referindo que essa área merece outra dinâmica e rapidez de resposta. O presidente Pedro Ferreira manifestou-se convicto que a pasta está bem entregue.

As reuniões de câmara continuam a realizar-se às terças-feiras, mas a partir de agora com início às 10h00.

À margem

O regresso de Rodrigues

Depois de 20 anos como presidente de câmara pelo PS e de oito anos de pousio autárquico, António Rodrigues voltou ao executivo municipal de Torres Novas, agora como vereador da oposição eleito por um movimento independente. E regressou igual a si próprio deixando logo a abrir o recado aos seus ex-camaradas de que vão ter que levar com ele. Ao longo da relativamente breve sessão, Rodrigues mandou bitaites e deu dicas a Pedro Ferreira de como dirigir a reunião (como se este fosse um novato); discordou do local onde as sessões actualmente decorrem (o Teatro Virgínia); criticou a manutenção do pelouro do urbanismo nas mãos do vice Luís Silva; e pediu um gabinete para poder trabalhar enquanto eleito da oposição - coisa que ele nunca garantiu aos opositores durante as duas décadas em que foi presidente de câmara. A todas essas ‘provocações’ Pedro Ferreira respondeu com a sua proverbial bonomia e temperança, demonstrando que não é por ele que Rodrigues vai ter palco para brilhar e aliviar a azia que os resultados eleitorais lhe causaram.