Cresce o interesse em visitar as salinas de Rio Maior e almoçar no Salarium
A Salarium, através do conceito Discovery Salinas, está já a trabalhar com operadores turísticos. O projecto Salarium - Museu do Sal foi atrasado pela pandemia mas não parou e está a ser concretizado.
O Salarium, nas salinas de Rio Maior, tem tido uma crescente procura, que se acentuou com o recente levantamento das restrições sanitárias. José Ricardo Lopes, responsável da marca, refere que a procura de locais turísticos no interior do país, contribuiu para que isso acontecesse.
O projecto em desenvolvimento, com a designação Salarium – Sal & Sabores, é composto por produção em salinas próprias, restaurante panorâmico e esplanada e lojas temáticas de venda de produtos tradicionais relacionados com o sal. De carácter familiar envolve, para além de José Ricardo Lopes, a sua irmã Marisa Lopes e os seus pais.
A marca Salarium foi criada para dar vida ao projecto do Museu do Sal e Centro Interpretativo das Salinas cuja concretização sofreu atrasos devido à pandemia. “As entidades responsáveis pelos apoios financeiros falharam com as datas previstas mas este projecto vai alavancar a economia das salinas e dar outra dimensão turística a Rio Maior”, explica José Ricardo Lopes.
Para já é possível programar uma visita às salinas através do site e do facebook da Salarium, almoçar ou jantar no restaurante e adquirir alguns produtos locais. “Não fazemos parte dos que apenas se lamentam. Continuamos a adaptar-nos à situação e a lutar sempre por novos objectivos criando sempre novos projectos que valorizem a nossa terra”, acrescenta o empresário.
A Salarium, através do conceito Discovery Salinas, já vem trabalhando com os operadores de turismo recebendo grupos de turistas aos quais proporciona visitas guiadas. A forma pioneira como actua com total respeito pelas salinas e pelos salineiros, garante à marca a chancela de operador turístico de referência nas Salinas.
O restaurante, que é certificado pelo Turismo do Alentejo/Ribatejo, já obteve algumas distinções pelo seu contributo para o turismo das salinas, serve especialidades como Tiborna de Bacalhau ou Naco Templário em pedra de sal, entre muitos outros e faz questão de trabalhar com produtos da região como, por exemplo, pão, vinhos, carnes, azeite, ou mel, tendo estabelecidas parcerias com produtores locais.
O objectivo é dinamizar o restaurante com eventos gastronómicos regulares, com convidados especializados, para conjugar diversas temáticas, como as ervas aromáticas, a flor de sal, azeites, vinhos e outros produtos da região.
O Salarium - Museu do Sal e Centro Interpretativo das Salinas será a cereja no topo do bolo. Pretende ser um espaço aberto ao turismo e também à comunidade escolar e universitária com diversos ateliês. História, ciência e conhecimento, oferecendo aos turistas que visitarem as salinas, uma apresentação temática sobre as salinas e a história do sal no mundo que enquadra os romanos, os árabes e os templários que ali compraram salinas em 1177.
As Salinas de Rio Maior são as únicas do género com exploração contínua em Portugal e na Europa. Estão classificadas como Imóvel de Interesse Público. Estando a 30 quilómetros da costa atlântica, a presença de água salgada deve-se à existência de uma mina de sal gema, muito extensa e profunda, atravessada por uma corrente subterrânea que desagua num poço onde a água é sete vezes mais salgada que a água do mar.
O projecto Salarium surgiu depois da família ter adquirido uma parcela de salinas onde estão antigas casas de sal em madeira, às quais foram dadas novas utilizações ligadas ao turismo. O Plano de Pormenor para as salinas, que está em fase final, vai ser vital para o futuro e para o desenvolvimento do local.
“Cabe ao poder político fazer a sua parte, como acreditamos que fará, factor básico para nós e outros empresários podermos avançar com novos investimentos, enquadrando-se aí o Museu do Sal que tem projecto aprovado e teve o apoio incondicional do Turismo do Alentejo/Ribatejo. E é também imperioso concretizar o processo de DOP - Denominação de Origem Protegida - do Sal e Flor de Sal de Rio Maior assim como a certificação do produto e a produção por parte dos produtores das salinas. Só assim se garante o futuro e a definição clara de proveniência do nosso sal”, sublinha José Ricardo Lopes.