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Barulho nocturno leva Câmara de Abrantes a restringir horário de bar

Moradores da Urbanização Quinta dos Telheiros queixam-se do barulho até altas horas da madrugada e PSP é frequentemente chamada ao local.

A Câmara de Abrantes decidiu restringir o horário de funcionamento do bar “Decante”, na Urbanização Quinta dos Telheiros, na cidade. A decisão, aprovada por unanimidade em reunião do executivo, surge depois de queixas de moradores por causa do barulho, até altas horas da madrugada, causado pelos clientes após o encerramento do estabelecimento. O bar tem que encerrar portas às 23h00 de domingo a quinta-feira e à uma da madrugada nas noites de sexta-feira para sábado; de sábado para domingo e vésperas de feriado.

Esta foi a solução encontrada pelo executivo camarário para que os moradores possam ter direito ao descanso nocturno. Os gerentes do bar têm agora um período para se manifestar sobre esta decisão. A Câmara de Abrantes teve em conta as várias participações levantadas pela PSP, que se deslocou ao local por sua iniciativa ou por queixas de residentes, relacionadas sobretudo com o barulho. Também o ruído provocado pelos clientes que permanecem no exterior do bar, mesmo após o seu encerramento, levou a que a PSP fosse chamada ao local diversas vezes.

Os vereadores da oposição concordaram com a proposta de restrição de horário apresentada pela maioria socialista defendendo que os moradores têm direito ao descanso. O vereador do PSD, Vítor Moura, mostrou-se surpreendido por um estabelecimento comercial poder abrir e fechar à hora que quer. “O executivo deve tomar uma decisão imediatamente no sentido de condicionar os horários de certos estabelecimentos, para que quem quiser investir neles saber quais são as condições para não se sentirem prejudicados”, afirma.

O vice-presidente, João Gomes, explicou que a lei permitiu essa possibilidade e se a câmara não concordasse teria que definir horários para todos os estabelecimentos comerciais do concelho. “Esta liberalização dos horários é um meio de atrair e incentivar as pessoas a investir recusando restringir os horários à partida, apenas em situações excepcionais, como esta”, esclareceu.

Em Agosto deste ano O MIRANTE deu conta das queixas dos moradores na Urbanização Quinta dos Telheiros que explicavam que o alvoroço é diário mas acontece com maior intensidade aos fins-de-semana depois do encerramento do estabelecimento. O barulho na via pública, apesar de ser consequência da existência do bar, não é uma responsabilidade do estabelecimento. Mesmo assim os proprietários garantiram a O MIRANTE que tentam sensibilizar os clientes.

O MIRANTE falou na altura com Tânia Pita, uma das proprietárias do bar, que considerava estar a ser feita uma perseguição ao estabelecimento e garantia que o bar nunca encerrou fora do horário estabelecido. “Mantemos o horário estabelecido e a música só fica ligada até às 23h00. Procuramos sensibilizar as pessoas para que abandonem a esplanada depois do fecho, mas não conseguimos garantir que isso seja cumprido”, lamenta.

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