Judiciária investiga fogo em armazém de produtora de teatro em Alverca
Yellow Star Company, de Paulo Sousa Costa e da ex-modelo Carla Matadinho, perdeu cenários para musical de Natal.
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as circunstâncias que terão levado ao incêndio num armazém de Alverca do Ribatejo, ocupado pela companhia de teatro Yellow Star Company, que destruiu cenários da companhia. As autoridades querem perceber, sobretudo, como é que do nada, a meio da noite, ocorre um incêndio dentro de um armazém que se encontrava fechado e sem ninguém no interior. Suspeita-se de curto-circuito mas não está descartada a hipótese de mão criminosa.
Os responsáveis pela companhia já foram ouvidos na PJ e estão a colaborar com a investigação. Os prejuízos são na ordem dos milhares de euros. O fogo deflagrou na madrugada de 8 de Novembro e os bombeiros foram alertados pela vizinhança, alarmada pelo fumo e cheiro a queimado. Os bombeiros foram rápidos a intervir e conseguiram salvar a maior parte dos adereços e equipamentos presentes no interior mas Paulo Sousa Costa, responsável da produtora, diz que os cenários para o musical de Natal “Garfield” ficaram totalmente destruídos levando ao cancelamento dos espectáculos já agendados.
Nas redes sociais, o fundador da companhia com a mulher, a ex-modelo Carla Matadinho, lamentou a situação, notando a infelicidade de, após terem sido despejados do Teatro Armando Cortez, onde tinham residência artística há seis anos, confrontarem-se agora com os danos causados pelo fogo. “As chamas atingiram igualmente outros cenários, adereços e equipamento e material de construção”, lamenta o responsável.
Já os cenários de outros três espectáculos - “A Ratoeira”, “Monólogos da Vagina” e “O homem da Amália” - não se encontravam no armazém e por isso escaparam às chamas. “Felizmente esses cenários ficaram a salvo porque tivemos uma digressão no Coliseu do Porto e em Lagoa e ainda estavam carregados nos camiões”, explica o produtor, que diz ser hora de “sacudir as cinzas” e não deixar que as chamas queimem “a esperança de um dia voltarmos a ter descanso”.
Paulo Sousa Costa diz mesmo que desistir não é opção e tudo aponta para que a companhia, sediada em Lisboa, mantenha em Alverca o seu armazém.