Nova esquadra da PSP do Entroncamento continua uma miragem
Obra encareceu meio milhão de euros estando agora o seu custo estimado em um milhão e 500 mil euros. O município acredita que a construção será suportada na totalidade pelo Governo
A nova esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Entroncamento teima em não sair do papel. Depois da homologação do protocolo de colaboração entre a câmara municipal, o Ministério da Administração Interna (MAI) e PSP, em Janeiro de 2019, que contou com a presença da secretária de Estado adjunta e da Administração Interna da altura, o projecto ainda não está totalmente aprovado. O projecto de arquitectura e especialidades tem andado a girar do município para o MAI. Depois disso ainda tem que obter o visto do Tribunal de Contas para que possa avançar a adjudicação da empreitada.
O presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria (PS), explicou, em resposta a uma questão levantada pelo vereador Rui Madeira (PSD), que receberam, a 28 de Outubro, um novo parecer do MAI com dúvidas sobre o projecto que vão obrigar a alterações ao mesmo. “Remetemos ao projectista para que proceda às alterações e depois temos que enviar novamente para a Secretaria de Estado”, explicou Jorge Faria.
O autarca explicou ainda que o valor inicial do projecto era de cerca de um milhão de euros tendo aumentado para um milhão e meio de euros. Jorge Faria diz ter a “expectativa” que o MAI suporte o valor total da obra, incluindo o meio milhão de euros a mais do que estava previsto. O presidente do município admite que, na melhor das hipóteses, a obra poderá iniciar no final de 2022.
A Câmara do Entroncamento já fez a escritura do terreno onde será construído a esquadra e aguarda que se possa iniciar a obra. A construção do edifício para instalar a PSP já é uma promessa antiga. A Polícia de Segurança Pública está no Entroncamento há mais de 70 anos. A actual esquadra instalada desde 1968 numa casa particular na Rua 5 de Outubro, não reúne as condições ideais. Há quase duas décadas que se discute a construção de um edifício de raiz mas apesar das promessas feitas por vários governos e da disponibilização de terrenos por parte da câmara, a obra ainda não saiu do papel.