A pesca lúdica no rio Tejo que liga Ortiga (concelho de Mação) e a ponte da Chamusca voltou a ser permitida depois de cerca de quatro anos de interdição num trecho de 52 quilómetros. O decreto-lei que acaba com a proibição da pesca lúdica neste troço do Tejo, nas duas margens, foi aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Outubro.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, não escondeu a satisfação, na última reunião camarária, por esta decisão e recordou que os autarcas da região lutaram sempre por esta autorização. “Esta proibição era desajustada à realidade. Não fazia sentido às nossas comunidades”, sublinhou.

O comunicado da Presidência do Conselho de Ministros refere que foi aprovado o decreto-lei que estabelece que, para além da prática da pesca desportiva, os planos de gestão e exploração das zonas de pesca profissional possam rever também a prática da pesca lúdica acabando assim com a interdição da prática da pesca lúdica em áreas tão vastas como as actualmente ocupadas pelas zonas de pesca profissional.

Como O MIRANTE noticiou, no início de Setembro deste ano, desde 2015 que era proibido pescar de forma lúdica/em lazer entre Chamusca e Ortiga. O grupo Unidos pelo Tejo lutou por esta causa e conseguiu milhares de assinaturas que entregou na Assembleia da República e permitiu que a proibição da pesca lúdica dentro das Zonas de Pesca Profissional (ZPP) do Médio Tejo fosse alterada.

Em 2015 saiu um edital emitido pelo ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], tutelado pelo Ministério do Ambiente a proibir a pesca lúdica. De acordo com Nuno Ribeiro, do grupo Unidos pelo Tejo, era permitido pescar de forma profissional/tradicional e a actividade era também possibilitada a pescadores de barco com rede e na forma de treinos de pesca de competição, sendo obrigatório o cidadão ser federado e apresentar prova de associado/federado.