Associação mais antiga do Forte da Casa está de volta com iniciativas para todos os gostos
O Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa retomou os eventos culturais após quase dois anos de paragem devido à pandemia. Os sócios encheram o salão da colectividade para assistir a uma noite de fados onde não faltou alegria e boa disposição. Objectivo da direcção é adaptar associação aos novos tempos.
Convívio e boa-disposição foram as palavras de ordem na noite de fados, realizada na sexta-feira, 12 de Novembro, pelo Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa (CRCFC). O MIRANTE marcou presença na iniciativa que, segundo a direcção da associação, teve como objectivo proporcionar à população um ambiente acolhedor e dinâmico onde todos se sentissem bem-vindos e descontraídos. Os protagonistas da noite foram 16 fadistas que integram a Associação Cultural O Fado, sediada em Lisboa. No salão principal do clube estiveram cerca de meia centena de sócios e acompanhantes que, antes de assistirem aos espectáculos, jantaram num ambiente que primou pela informalidade e proximidade.
As actuações começaram cerca das 21h30, mas o nosso jornal antecipou-se para poder roubar dois dedos de conversa a Adriano Santos, presidente da Associação Cultural O Fado, que não escondeu o entusiasmo e a gratidão pela realização da iniciativa. “O fado é um modo de estar na vida. Nunca quis ser profissional, porque o mais importante é o convívio e a camaradagem. Tenho a certeza que vamos passar uma noite de excelência no Forte da Casa”, afirmava, para logo de seguida dar um abraço de reconhecimento a Joaquim Grade, presidente do Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa, no concelho de Vila Franca de Xira. “Não é fácil estar à frente de uma colectividade nos dias de hoje por isso quero expressar a minha admiração por apostarem nos jovens e na realização de iniciativas como esta”, sublinhou.
O espectáculo começou e durante cerca de duas horas e meia ouviram-se as vozes de Adriano Santos, Rui Novo, Fernando Morais, Soraia Guerreiro, João Delgado e Isabel Mata, que se fizeram acompanhar por José Manuel Castro, na guitarra portuguesa, e Vítor Tiago, na viola. O público não se limitou a ouvir as músicas tendo participado nas actuações em coro e com muitas palmas.
VOLTAR A TRAZER OS SÓCIOS PARA O CLUBE
O Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa tem mais de quatro décadas de existência e é a associação mais antiga da localidade. Retomou recentemente as suas actividades culturais e desportivas depois de uma pausa de dois anos devido à pandemia. Joaquim Grade, que assumiu a presidência durante esse período, admite que a colectividade vive dias complicados e desafiantes e que só com o envolvimento de toda a comunidade vai conseguir dar a volta. “Uma boa parte do nosso projecto depende dos sócios porque é para eles que temos de trabalhar e são eles que também nos vão ajudar a dinamizar a freguesia e o concelho”, vinca.
O CRCFC, que já chegou a ter mais de 700 participantes em várias modalidades, tem no futsal um dos seus grandes motores, contando com cerca de 140 atletas distribuídos por várias faixas etárias. Os jogos no Forte da Casa, onde já jogou o campeão mundial Pany Varela, têm sempre casa cheia, o que demonstra, na opinião do dirigente, a força do clube. Para além do futsal, o CRCFC tem duas equipas de snooker federadas, karaté, pesca desportiva, zumba e pretende implementar brevemente uma equipa mista de voleibol.
As quatro centenas de sócios filiados também têm ao seu dispor várias iniciativas culturais nomeadamente relacionadas com feiras de artesanato e velharias. “É dos poucos clubes do Ribatejo com esta dinâmica em que inclui jovens, adultos e seniores”, afirma, sem hesitar, Joaquim Grade.
Nos próximos meses a associação vai apostar numa maior presença nas redes sociais, com a criação de uma loja online onde vão vender produtos como cachecóis, camisolas, capas de telemóvel e até garrafas de vinho com o emblema do clube. A “Caderneta de Cromos”, onde todos os atletas do clube marcam presença, é um projecto para continuar e que fomenta a proximidade entre desportistas e sócios.