“A formação em desporto deu-me recursos para alcançar objectivos”
Espero poder voltar a ter tempo para a minha prática desportiva, o karaté, que me ajuda a treinar a disciplina, o foco e a resiliência, competências que serão muito úteis para a minha acção enquanto presidente da câmara municipal.
Estar presidente de câmara decorre de várias escolhas e oportunidades que a vida me foi apresentando e que sempre encarei com naturalidade. Do processo que me trouxe aqui apenas mantenho esta evidência – sou presidente da Câmara Municipal do Cartaxo por vontade dos eleitores que decidiram confiar em mim, e nas pessoas que me acompanham, para os representar e tomar decisões em seu nome nos próximos quatro anos. Não consigo imaginar maior responsabilidade perante a minha comunidade.
A formação em desporto deu-me, desde cedo, a convicção que para alcançar o sucesso é essencial definir objectivos concretos que tenham em si duas características – a capacidade de serem exequíveis de acordo com os recursos disponíveis, sejam humanos, materiais ou financeiros e a possibilidade de crescerem em ambição, quando são alcançados, ou de se adaptarem quando as circunstâncias o exigem.
Penso que qualquer pessoa pode liderar em circunstâncias especificas. Não tenho para mim que a liderança esteja interdita seja a quem for nem tenho a capacidade de liderança como uma qualquer capacidade inata que não requer aprendizagem e empenho.
Um líder de pessoas, de equipas de trabalho, de uma instituição ou de uma empresa precisa demonstrar competências relacionais específicas, tanto quanto competências técnicas reconhecidas pelos seus pares, pelos seus concorrentes ou pelos seus parceiros. As competências aprendem-se, fomentam-se, desenvolvem-se, seja pela formação, seja pela experiência, seja pelo empenho e foco colocado no desenvolvimento pessoal e na atenção ao outro.
O grau de exigência comigo próprio é tanto maior quanto maior é a responsabilidade que decido assumir perante os outros. Esta frase que me tem guiado ao longo dos anos ganhou especial sentido com a minha eleição recente para o cargo de presidente da Câmara Municipal do Cartaxo. Esta eleição trouxe-me um sentido de responsabilidade acrescido ao qual quero responder com um elevado grau de exigência para comigo próprio e para com aqueles que me acompanham no executivo.
Acontece muitas vezes o bom ser inimigo do óptimo e não é desculpa, nem é por falta de empenho ou criatividade para encontrar melhores soluções. As autarquias trabalham com recursos muito escassos e têm uma intervenção muito alargada na comunidade. A câmara municipal, tal como muitas vezes as juntas de freguesia, são a porta à qual muitas pessoas, empresas e instituições recorrem.
As regras de contratação pública impostas pela legislação em vigor dificultam quer a contratação de novos quadros, para substituir, por exemplo, vários técnicos que se aposentaram nos últimos anos e limitam as possibilidades de recompensar o mérito e o empenho dos trabalhadores.
A minha família é um alicerce essencial e o apoio que me tem dedicado desde que assumi a presidência da Câmara, tem sido incondicional. Sei que este cargo me vai roubar algum tempo à família sabemos todos, mas estou convicto que serei um melhor presidente de câmara se souber encontrar espaço e tempo para estarmos juntos, para lhes dar a atenção e a relevância que, de facto, ocupam na minha vida.
Não sei se poderei desligar-me por completo do trabalho, mas espero poder voltar a ter tempo para a minha prática desportiva, o karaté, que me ajuda a treinar a disciplina, o foco e a resiliência, competências que serão muito úteis para a minha acção enquanto presidente da câmara municipal.
Mais do que a concordância ou discordância do Governo, o que defendo é a necessidade de criar pontes entre Poder Central e Poder Local que permitam que empresas e empresários se instalem no concelho, que o investimento em educação, apoio social e infra-estruturas essenciais se concretize.