Como escolheu fazer o que faz?

A minha formação base é de Gestão de Empresas. Após alguns anos de experiência profissional resolvi fazer um Master in Business Administration. Na sequência do MBA surgiu a oportunidade de trabalhar neste sector de actividade. Não tenho tradição familiar de trabalhar na área da saúde. Trabalho na CUF há 22 anos, onde assumi, ao longo dos anos, várias funções. Tenho tido responsabilidades em áreas tão diversas como a Financeira, Planeamento e Controlo, Negociação conjugada com gestão em hospitais privados e num hospital público em regime de PPP.

Os seus conhecimentos académicos foram determinantes para ter sucesso até que ponto?

Foram determinantes. Sem a formação académica de base não teria conseguido começar a trabalhar na CUF e fazer a evolução que fiz. Também é verdade que a formação que a CUF me proporcionou ao longo dos anos foi, igualmente, determinante na evolução. Desengane-se quem pensa que os estudos terminam com o mestrado. É fundamental estarmos atentos às necessidades de reciclagem de formação para que nos sintamos preparados tecnicamente e motivados para progredirmos na nossa carreira profissional.

O que descobriu sobre si próprio e que desconhecia ao longo do tempo que tem exercido o seu cargo?

A gestão de uma equipa multidisciplinar como é um hospital é de uma complexidade significativa. No entanto, o princípio de servir com qualidade e segurança os nossos clientes, alicerçada nos nossos valores e activos estratégicos e protagonizada por profissionais motivados e competentes facilitam claramente o papel do gestor.

O que o motivava quando iniciou e o que o motiva actualmente?

As motivações que me levaram a iniciar esta carreira há cerca de 20 anos não se alteraram: trabalhar num sector em crescimento, na empresa líder de mercado com valores muito sólidos procurando todos os dias corresponder e superar as expectativas dos nossos clientes.

O que conta na escolha da sua equipa mais próxima?

Sou um acérrimo defensor da meritocracia. São os melhores que fazem crescer as equipas e as organizações. Quaisquer outras formas de promoção ou de selecção de profissionais é injusta e causa atrofia no desenvolvimento das empresas e do país.

Quanto tempo dedica ao que faz? Consegue desligar-se por completo alguma vez?

Dedico muito tempo e tenho alguma dificuldade em desligar, contudo tento manter um equilíbrio entre as actividades profissionais e de cariz pessoal.

Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?

É fundamental. É o garante do equilíbrio e é o “porto seguro”. Por estarmos conscientes da importância deste equilíbrio a CUF enveredou por um projecto que a levará à certificação de Empresa Familiarmente Responsável.

Que importância dá ao associativismo empresarial?

O associativismo empresarial permite encontrar mais facilmente o que une as empresas e encontrar formas de dar voz aos seus desafios.

O que pode acrescentar sobre prestígio e liderança com base na sua experiência?

A longevidade das organizações é dada pelos seus valores e lideranças. O prestígio conquista-se ao longo dos anos e a responsabilidade vai crescendo. A consistência na oferta de produtos e/ou serviços, bem como a antecipação da evolução do mercado garantem a continuidade da liderança.

Como descreve a sua organização quando tem que a apresentar a quem lhe interessa que a conheça bem?

O Hospital CUF Santarém, que celebrou em Outubro o seu sexto ano de actividade, é uma unidade de saúde vocacionada para prestar cuidados de saúde em regime de internamento e de ambulatório. É uma unidade hospitalar de oferta abrangente nas mais diversas áreas médico-cirúrgicas, suportada em meios técnicos diferenciados e na qualidade dos seus profissionais com o objectivo de oferecer, com qualidade e segurança, os melhores cuidados de saúde.

Como tem evoluído o Hospital CUF Santarém?

Tem registado um percurso de constante crescimento e sucesso marcado pelo profissionalismo, compromisso e empenho de uma equipa de mais de 300 colaboradores, determinada em melhorar continuamente a oferta de cuidados de saúde no Ribatejo. Ao longo destes seis anos o hospital recebeu mais de 117 mil clientes e realizou mais de 500 mil consultas e cerca de 17 mil cirurgias. De sublinhar, ainda, as concretizações ao nível do reforço e diversificação da oferta por forma a garantir melhores condições e um serviço especializado e de qualidade a todos os que nos confiam a sua saúde.