“As empresas não são vistas como o motor da sociedade e são penalizadas com impostos”
A Roques Vale do Tejo é uma empresa familiar que já vai na quarta geração e que actua em todo distrito de Santarém e em Vila Franca de Xira.
O que descobriu sobre si próprio e que desconhecia, ao longo do tempo que tem exercido o seu cargo?
Capacidade de ultrapassar as adversidades inerentes a quem gere um negócio líder de mercado e com umas boas dezenas de recursos humanos associados.
O que o motivava quando iniciou e o que o motiva actualmente?
As minhas motivações prendem-se sempre com a superação dos desafios diários e a tentativa de fazer sempre melhor.
Como escolheu fazer o que faz? Seguiu alguma tradição familiar?
Segui uma tradição familiar que vinha do meu bisavô. No entanto, foi o meu avô Manuel Roque que me incutiu o gosto por esta área de negócio.
Como são escolhidos os seus colaboradores mais próximos?
Todos os colaboradores com funções de chefia foram recrutados tendo em conta a sua experiência.
Tem dificuldade a nível de recrutamento?
O recrutamento tem sido difícil porque existe uma grande falta de pessoas qualificadas ou com vontade de aprender na área do sector automóvel.
Quais são os maiores constrangimentos à sua actividade e porquê?
Nesta altura o maior constrangimento à nossa actividade é a falta de produto para venda.
Quanto tempo dedica ao que faz? Consegue desligar-se por completo alguma vez?
Dedico-me a tempo inteiro à empresa e estou sempre com a “ficha” ligada.
Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?
A estabilidade familiar é o caminho para todo o sucesso. Sendo a Roques Vale do Tejo uma empresa familiar, a total confiança dos familiares, também accionistas, é muito importante e motivador.
Que importância dá ao associativismo empresarial?
Dou pouca importância porque sinto que as associações não lutam pelos interesses dos empresários.
Está satisfeito com a política económica do Governo?
Não. Não estou. Sinto que o Governo não olha para as empresas como o motor da sociedade estando sempre a penalizá-las com o aumento de impostos e limitando o seu crescimento.
A pandemia forçou-o a grandes alterações?
Embora não estivéssemos preparados para a pandemia não fizemos qualquer alteração, com excepção das obrigações legais impostas a qualquer negócio, que nos trouxeram elevados custos.
O que pode acrescentar sobre prestígio e liderança com base na sua experiência?
O prestígio conquista-se e, no caso da Roques Vale do Tejo, é fruto de um trabalho de liderança de uma equipa de pessoas que diariamente fazem o seu melhor.
O que não lhe perguntamos que gostaria de responder?
Tendo em conta a actual preocupação mundial sobre o clima gostava de salientar que os automóveis, no futuro, têm um papel muito importante.
Como descreve, em breves palavras, a sua organização?
Somos uma empresa familiar que já vai na quarta geração e que actua em todo distrito de Santarém e em Vila Franca de Xira. Comercializa marcas líderes de mercado como a Renault, Dacia e Isuzu. Actualmente somos o distribuidor Renault mais antigo da Península Ibérica.