“Não estou satisfeita e muito menos conformada com os políticos”
Dentro da minha organização faço tudo desde ser gerente até ser empregada de limpeza. Tem sido um privilégio muito grande acompanhar o desenvolvimento e o crescimento pessoal da minha equipa.
Quais são os maiores constrangimentos à sua actividade?
A falta de conhecimento dos outros em relação ao que fazemos. Fala-se em trabalho comercial e todos pensam automaticamente que não é uma profissão com futuro. Felizmente, cada vez mais, o nosso sucesso tem-nos trazido muita gente com força e garra.
O que a motivava quando iniciou e o que a motiva actualmente?
A minha formação é em Gestão de Empresas e, inicialmente, a minha motivação era pôr aqueles anos todos de estudo em prática. Usei muito do que aprendi, mas só ganhamos ‘know-how’ quando metemos mãos ao trabalho e nos dedicamos a 101 por cento. Quinze anos depois o que me motiva é ver uma série de pessoas bem sucedidas no ramo imobiliário, descontraídas quando o podem ser e extremamente focadas em ajudar quem nos procura para vender ou comprar imóveis.
O que descobriu sobre si própria e que desconhecia ao longo do tempo que tem exercido o seu cargo?
Descobri o que é a paixão pelo trabalho. Dentro da minha organização faço tudo desde ser gerente até ser empregada de limpeza. Tem sido um privilégio muito grande acompanhar o desenvolvimento e o crescimento pessoal da minha equipa. Aprendi também a lidar com os sucessos e os insucessos de forma madura e consciente e que quando tudo desmorona o caminho só pode ser para cima.
Quem recruta os colaboradores?
A pessoa que tenho a trabalhar comigo no recrutamento é a Sara Pinto. É uma profissional de excelência, perspicaz, que consegue filtrar muito bem quem tem perfil para este trabalho.
Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?
A minha família é o meu maior apoio e suporte. É na minha família que, muitas vezes, vou buscar a força para continuar e seguir forte. Tento passar o máximo tempo possível com a minha família. A minha irmã é o meu braço-direito na loja de Santarém e entre as 09h00 e as 17h00 somos colegas de trabalho, o resto do tempo somos irmãs.
Que importância dá ao associativismo empresarial?
Há muita gente a começar agora os seus negócios que pode evitar muita dor de cabeça se tiver quem ajude no arranque. Muitas vezes é isso que determina o sucesso ou insucesso das micro e pequenas empresas.
Está satisfeita ou conformada, com a política económica do Governo?
Não estou nada satisfeita e muito menos conformada. Estamos a sair lentamente de uma crise mundial que afectou tremendamente as economias dos países e nós, que somos pequenos em dimensão, não podemos estar a sobrecarregar aqueles que se aguentaram a funcionar. Espero que as nossas políticas económicas não continuem a privilegiar os que muito têm e pouco fazem.
Como descreve a sua organização?
Uma empresa solidificada, que está no mercado há 15 anos, com lojas em Santarém e outra em Torres Novas e com equipas multifuncionais. Temos uma boa rede de informação, fazemos formação inicial e contínua a quem quer vir aprender/crescer com este negócio. É uma empresa bastante focada no crescimento e tentamos acompanhar aquilo que são as tendências no ramos imobiliário.
O que não lhe perguntamos que gostaria de responder?
Gostaria apenas de acrescentar que espero multiplicar estes 15 anos várias vezes vendo o negócio crescer e sentindo a confiança daqueles que recorrem a nós para vender os seus imóveis ou comprar os seus projectos de vida. Agradeço a todos que ao longo destes anos me ajudaram a crescer e ensinaram que não há impossíveis.