O que descobriu sobre si próprio e que desconhecia ao longo do tempo que tem exercido o seu cargo?

Foi uma surpresa, mas descobri que gostava da parte de gestão. Fazer contas é bastante importante e faz falta a muitos restaurantes.

O que o motiva?

A minha motivação é fazer sempre mais e melhor para que os nossos clientes saiam do restaurante satisfeitos e voltem no dia seguinte. Gostaria também de ter tudo organizado a 100%. Esse é um dos meus objectivos.

Como escolheu fazer o que faz?

Saí da escola precocemente e entrei nesta área muito novo, com 14 anos, trabalhando no restaurante da minha família. Escolhi esta área por tradição familiar. Ainda estive a trabalhar em outros restaurantes, no Algarve, em Lisboa e em Santarém mas reabrir o meu próprio espaço e em meu nome era algo que tinha em mente e penso que foi a decisão mais lógica.

O que pode dizer sobre prestígio e liderança com base na sua experiência?

O maior desafio de um empresário é a gestão de recursos humanos. E para se ser um bom líder há que, por vezes, se tentar compreender o perfil dos que connosco trabalham para fazer com que toda a equipa funcione da melhor maneira possível.

Na escolha da sua equipa mais próxima o currículo e experiência contam mais que a amizade ou laços familiares? Quem são os seus braços direitos?

Em termos de negócio o currículo é o mais importante, como é óbvio, mas não descarto a importância das amizades e dos laços familiares. Os chefes de secção são o meu braço-direito e toda a restante equipa o meu braço esquerdo. Sem eles o meu negócio não seria possível e agradeço-lhes por isso.

Quem recruta os seus trabalhadores? Tem sido fácil fazer esse recrutamento?

Sou eu próprio e não tem sido fácil. Muitas pessoas a quem fiz entrevistas não querem trabalhar.

Quais são os maiores constrangimentos à sua actividade?

A falta de recursos humanos e a carga fiscal.

Quanto tempo dedica ao que faz? Consegue desligar-se por completo alguma vez?

Grande parte das horas que estou acordado e com alguns sonhos pelo meio. Não me consigo desligar do negócio, nem mesmo quando estou a dormir. As vezes que desligo um pouco é quando não estou por cá ou quando fico sem bateria no telemóvel e mesmo assim é difícil...

Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?

A família foi bastante importante para o meu desempenho profissional. Aprendi muito com os meus pais e foi aqui que iniciei a minha carreira. Outra pessoa importante e que me dá todo o apoio que preciso é a minha mulher que também é minha sócia.

Que importância dá ao associativismo empresarial?

É deveras importante. Sou associado dessas associações e, como vejo pouca televisão, essas associações ajudam-me a aprender a ter informações de apoios que existem e de leis a cumprir.

Está satisfeito, ou conformado, com a política económica do Governo?

Não, não estou nada satisfeito.

Como descreve a sua organização quando tem que a apresentar a quem lhe interessa que a conheça bem?

OH! Vargas é um restaurante com capacidade para 180 pessoas. Mas estamos preparados para reuniões de empresas, casamentos e baptizados. O espaço existe há várias décadas mas foi totalmente renovado.