“O que me motiva é exercer esta profissão e estar rodeado dos melhores entre os melhores”
A falta de material e de recursos humanos determinaram um genocídio sobre a população idosa deste país. Valeram-nos ainda e, mais uma vez, o denodo profissional de todo o pessoal de saúde.
Como descreve a sua organização quando tem que a apresentar a quem lhe interessa que a conheça bem?
Gente competente, os melhores dos melhores!
O que descobriu sobre si próprio e que desconhecia ao longo do tempo que tem exercido o seu cargo?
A rectidão e tomada de decisões correctas na altura própria.
O que o motivava quando iniciou e o que o motiva actualmente?
Exercer a profissão para a qual fui formado e atualmente estar rodeado dos melhores entre os melhores.
Como escolheu fazer o que faz?
A adoração pelo meu Pai, médico, e vir de uma família com muitos médicos ao longo de gerações.
Os seus conhecimentos académicos foram determinantes para ter sucesso até que ponto?
Fundamentais, a prática hospitalar, quatro anos e um ano de voluntariado no Alandroal.
Quem recruta os seus trabalhadores? Tem sido fácil fazer esse recrutamento?
Sou eu ou alguém de dentro que mo propõe. Tem sido fácil pois já os conheço.
Quais são os maiores constrangimentos à sua actividade e porquê?
A perda contínua de poder de compra dos portugueses.
Como e porquê escolheu a localização para a sua organização?
Era um edifício novo e como dizia minha mãe “os doentes vão atrás de si”.
Quanto tempo dedica ao que faz? Consegue desligar-se por completo alguma vez?
Dedico ao meu trabalho, entre 60 a 70 horas semanais e nunca desligo por completo.
Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?
Muitíssima. Adoro-a e é-me fundamental.
Que importância dá ao associativismo empresarial?
Fundamentalíssimo!
Está satisfeito, ou conformado, com a política económica do Governo?
Nada! Mais uma bancarrota que se adivinha!
O que pode acrescentar sobre prestígio e liderança com base na sua experiência?
Amor pela profissão e respeito pelos outros.
Acha que a pandemia foi bem gerida?
Não! A falta de material e de recursos humanos determinaram um genocídio sobre a população idosa deste país. Valeram-nos ainda e, mais uma vez, o denodo profissional de todo o pessoal de saúde, médicas (os), enfermeiras (os), auxiliares administrativas (os) que “acamparam” nos hospitais e salvaram milhares de vidas. Foram sujeitos a situações que nunca deveriam ocorrer, decidir quem não vai para o ventilador sabendo que seria uma condenação provável à morte. Entretanto, uma senhora loira não “conversa” com quem carregou com a pandemia às costas e fez a tentativa de se apoderar dos louros, do Almirante Gouveia e Melo e do cumprimento da missão deste senhor.