Sou exigente comigo mesmo e com os que me rodeiam sobretudo pela grande responsabilidade que temos para com o nosso concelho e a comunidade. Só com exigência se conseguem resultados, mas não confundamos exigência com imposição. Ser líder é também, em grande parte, saber ouvir e ter coragem para tomar decisões.

Fazer política é tomar decisões e, em diversas situações, o bom transforma-se em óptimo. Há projectos que ainda hoje estariam por concretizar se tivéssemos optado pelo óptimo, nomeadamente aqueles que estão dependentes de grandes recursos financeiros que um município não tem.

A minha principal motivação foi sempre contribuir para a construção de um concelho e de uma região ainda melhores. Foi isso que me levou a entrar na vida política e é o que me tem guiado em todos os cargos públicos. Além da motivação pessoal, considero que é importante ter a capacidade de encontrar estratégias para se fazer sempre mais e melhor.

Fazer o que faço foi uma questão de escolha e de oportunidade. E foi essencial a forma como os abrantinos me incentivaram ao longo de todo o meu percurso político dando-me a confiança necessária e a honra de ser o seu representante. Os resultados eleitorais esmagadores que obtivemos reforçam a confiança dos abrantinos em mim, na nossa equipa e no projecto que temos para Abrantes.

A formação académica teve um grande peso no meu percurso, mesmo nos casos em que o percurso profissional não corresponde à formação académica. Considero que os largos anos que passamos a estudar são verdadeiramente importantes para nos darem as ferramentas necessárias para definirmos quem somos e o que queremos das nossas vidas.

Na escolha das equipas são importantes o currículo e a experiência mas não são os únicos critérios. É fundamental encontrar as pessoas certas para os sítios certos. No caso da câmara municipal, o recrutamento é realizado pelos Recursos Humanos de acordo com a legislação em vigor. É um processo autónomo no qual o poder político só intervém na decisão de abertura dos concursos tendo em conta as necessidades dos serviços.

Os principais constrangimentos à concretização das nossas ideias são a burocracia; a contratação pública; os orçamentos e a dependência de outras entidades. Mas reitero que fazer política é tomar decisões e não serão estes constrangimentos que nos impedirão de fazermos o que consideramos necessário para o desenvolvimento do concelho.

De há alguns anos a esta parte que tenho a completa noção de que quem anda na vida pública tem de estar sempre disponível. A responsabilidade do cargo e o compromisso que assumimos com a nossa comunidade não me permitem desligar por completo, mas existem alguns momentos mais calmos em que temos algum tempo para nós. Felizmente a minha família tem a paciência e a tolerância necessárias. Sem o seu apoio não seria possível.