O que o motivava quando iniciou as actuais funções e o que o motiva actualmente?

A vida é uma maratona e a resiliência é uma das características mais importantes.

Como escolheu fazer o que faz?

Antes de mais foi uma escolha própria. E foi também a oportunidade que surgiu naturalmente.

Qual o peso da sua formação académica no seu percurso profissional?

A formação é fundamental. Aliás, considero-a decisiva. O conhecimento é um processo contínuo, mas as bases são muito importantes. A formação é parte do que nós somos e daí nunca nos afastamos. A disponibilidade, o compromisso com a organização e a vontade de fazer sempre mais e melhor são outros factores essenciais.

Liderar é algo que qualquer um pode aprender?

Liderar é uma enorme responsabilidade. O líder tem de ter características próprias, ser participativo, exigente e descentralizador, monitorizando sempre o caminho para os objectivos traçados para se onseguir chegar aos resultados.

É exigente consigo mesmo? E o grau de exigência tem aumentado?

O grau de exigência deve ser elevado acompanhado de método e sentido de compromisso por forma a mantermos a nossa performance no máximo.

E é tão exigente com os outros como é consigo mesmo?

Sim. A exigência deve ser um dos pilares de um bom profissional.

Na escolha da sua equipa mais próxima o currículo e experiência contam mais que tudo o resto?

Obviamente que sim, mas não só isso. Temos de ter bem presentes o “job description” e o perfil que queremos para um bom desempenho da função.

Tem sido fácil recrutar os trabalhadores certos para a sua instituição?

Felizmente que a organização onde estou é apetecível para o mercado de trabalho e somos uma empresa que desperta os jovens talentos.

As regras da sua instituição permitem um eficaz reconhecimento e uma adequada compensação do mérito das pessoas que lá trabalham?

Sim, temos uma política bem definida, assente nas melhores práticas de gestão de talento, de meritocracias e de pessoas e cultura.

Quais são os maiores constrangimentos à concretização das ideias que considera serem as mais eficazes para a obtenção dos melhores resultados?

Esta pergunta é um pouco vaga, mas por exemplo factores externos que possamos não controlar e que sejam imprevisíveis.

Quanto tempo dedica ao que faz? Consegue desligar-se por completo, alguma vez?

Dedico o tempo necessário e não, não desligo (com queixas da família).

Qual a importância da família para o seu desempenho profissional?

Tudo o que nos rodeia é importante para o nosso desempenho. A família para mim é o mais importante da minha vida.

Está satisfeito, ou conformado, com a política económica do Governo?

Acho que Portugal é um grande país, com gente muito talentosa e que precisa, acima de tudo, entre muito outras coisas, de estabilidade e de aumentar a sua produtividade.

O que mudou nos últimos dois anos com a pandemia?

Nos CTT estivemos sempre a trabalhar com as nossas equipas na linha da frente, no terreno, a contribuir para o país, a economia e a ligar pessoas e empresas com entrega total. Durante este tempo confirmei o que já sabia. Que os CTT têm dos melhores profissionais que há e que esta empresa é sem dúvida um dos motores de Portugal.

O que gostaria de acrescentar?

Passar a mensagem de que os CTT, neste momento, têm na sua cadeia de valor um vasto portefólio de produtos e serviços de apoio ao mercado empresarial único. Somos a única empresa que junta o físico ao digital. Nesse sentido, desafiem-nos!.