“Um bom profissional tem que ter um grande sentido de humanidade”
Temas como IRS, IRC, IVA deveriam ser alvo de fortes revisões por parte dos nossos governantes para não só incentivarem os negócios a prosperarem e evoluírem como ajudarem os cidadãos a terem melhores condições de vida
Os maiores constrangimentos à actividade da Denticare são de natureza burocrática. Portugal é ainda um país onde a maioria dos procedimentos junto das autoridades oficiais, no que diz respeito ao registo e obtenção de licenças para o exercício da actividade, é muito complexa e morosa para não falar nas taxas obrigatórias que são muito elevadas.
A Clínica Denticare foi um projecto iniciado há oito anos que se tem vindo a afirmar como uma aposta sólida e profissional no panorama dos cuidados em saúde oral. Com uma equipa jovem, dinâmica e especializada, somos uma clínica dentária de referência e em constante evolução oferecendo aos nossos pacientes as últimas técnicas e tratamentos no que diz respeito à área da medicina dentária.
Tendo sido o meu primeiro projecto empresarial tem sido um enorme desafio pessoal. Como a minha formação, sempre na área das Ciências e da Medicina, nunca passou pela gestão e administração de empresas vi-me perante uma descoberta interessante e fascinante. Hoje em dia é com naturalidade e constante entusiasmo que giro uma organização como a Denticare ao mesmo tempo que vou desempenhando as minhas funções como director clínico e médico dentista.
A área da Medicina Dentária sempre foi, dentro da Medicina, uma das áreas que mais que cativou. Sempre tive a vontade de criar um impacto positivo na saúde das pessoas e a Medicina Dentária, na sua vertente reabilitadora, permite-me devolver uma das principais funções básicas que é a correcta mastigação e articulação dos maxilares. Aliada à nova função vem uma estética melhorada e uma auto-estima recuperada.
Um bom profissional tem de aliar uma forte componente pessoal e um enorme sentido de humanidade. A selecção e recrutamento, tanto do pessoal clínico como não clínico, é feita tendo em conta esses dois factores. O resumo curricular é apenas um dos parâmetros que incluo para aferir se um colaborador tem potencial para integrar as nossas equipas. A experiência é importante mas não é fundamental uma vez que nem sempre é sinónimo de qualidade/competência.
Temos uma das maiores cargas fiscais da União Europeia sendo que os níveis de qualidade de vida não se traduzem proporcionalmente. Como empresários estamos numa constante dicotomia de querer proporcionar boas condições de trabalho e remuneração aos nossos colaboradores para depois o Estado se apropriar de uma enorme fatia das facturações, rendimentos e compensações pelo trabalho realizado. Temas como IRS, IRC, IVA deveriam ser alvo de fortes revisões por parte dos nossos governantes para não só incentivarem os negócios a prosperarem e evoluírem como ajudarem os cidadãos a terem melhores condições de vida e assistência para que todos possamos ser mais competitivos, motivados e felizes.
Para uma organização conseguir atingir os patamares mais elevados de qualidade e desempenho tem de ter, em primeiro lugar, uma equipa multidisciplinar, especializada, em constante evolução e aprendizagem aliada à existência de um líder que consiga demonstrar e posteriormente delegar e confiar nessa mesma equipa todo o know-how e motivação necessários para se conseguir atingir a tão desejada perfeição. O prestígio vem depois e como recompensa de todo o trabalho até então desenvolvido.