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Caso da jovem assassinada a tiro pelo ex-companheiro em Muge está a ser julgado

O arguido, de 42 anos de idade, matou Cláudia Gomes com dois tiros na cabeça, na altura em que a filha da vítima dormia no sofá. A falecida tinha aceitado passar o fim-de-semana com o ex-companheiro na residência do pai deste, mas ao aperceber-se que ela não queria reatar a relação de quatro anos decidiu, segundo o Ministério Público, matá-la.

Começou a ser julgado no Tribunal de Santarém o suspeito de ter matado com dois tiros na cabeça a ex-companheira em Muge, concelho de Salvaterra de Magos, depois de ter mantido relações sexuais com ela. Segundo a investigação, Pedro Teixeira aproximou-se de Cláudia Gomes, na altura com 28 anos, pelas costas e, sem que esta se apercebesse, alvejou-a. O móbil do crime terá sido o facto de a vítima não estar interessada em reatar a relação conjugal, apesar de ter aceitado ficar com ele na casa do pai dele, que estava na altura internado num lar.

Na altura em que foi morta, a filha de Cláudia, de uma relação anterior, e que tinha ido com a mãe passar o fim-de-semana com o alegado homicida, estava a dormir no sofá da habitação. A vítima tinha vivido com o alegado homicida em união de facto durante quatro anos, até Julho de 2020. Quando foi morta a vítima tinha saído de casa há cerca de três meses.

Segundo a acusação, pouco tempo antes do crime a vítima tinha telefonado ao arguido a pedir-lhe dinheiro, tendo este dado 20 euros a troco dela manter relações sexuais com ele. O Ministério Público sustenta que Cláudia voltou a contactar o ex-companheiro e que acordaram encontrar-se no fim-de-semana em Muge de 17 e 18 de Outubro de 2020. Ele levou para a residência uma pistola que pertencia ao avô, que tinha falecido quatro meses antes.

No domingo, dia 18, entre as 8h15 e as 8h30, quando Cláudia se preparava para ir tomar o pequeno-almoço, Pedro Teixeira, na altura com 42 anos, encostou o cano da pistola à cabeça da ex-companheira e fez dois disparos fatais. Depois recolheu os seus objectos pessoais e os da vítima, fechou todas as portas à chave e fugiu de carro levando a menor com cinco anos de idade. Depois deixou a menina junto à residência da avó materna, no Barreiro, onde também vivia o arguido.

Quem deu com Cláudia morta foi um vizinho, que se deslocou à casa para alimentar o cão, como fazia habitualmente, e deparou-se com o corpo da mulher no chão. Só por essa altura, cerca das 15h15, é que foi dado o alerta para a GNR, que comunicou a situação à Polícia Judiciária. O homicida entregou-se depois à PSP do Barreiro confessando o crime. Depois de ouvido pelo Tribunal Judicial de Santarém, ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva. Responde agora pelo crime de homicídio qualificado e pelo crime de detenção de arma proibida.

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