Edifício em mau estado põe em risco segurança dos habitantes de Alviobeira
Imóvel devoluto ruiu parcialmente para a via pública condicionando a circulação cerca de duas semanas. Mau estado do edifício preocupa moradores da aldeia que exigem intervenção urgente das autoridades.
Na aldeia de Alviobeira, concelho de Tomar, um edifício que se encontra devoluto há cerca de dois anos abateu na zona do telhado depois das chuvas intensas do fim de Outubro. A ocorrência fez com que os detritos tenham ocupado parte da via pública durante cerca de duas semanas. A derrocada não provocou vítimas, mas os moradores com quem O MIRANTE conversou temem que as consequências possam ser muito piores caso a situação se repita.
As más condição de conservação do edifício têm sido motivo de muita conversa na aldeia. Os populares garantem ao nosso jornal que já informaram a junta de freguesia para os perigos da situação, mas não têm conhecido novos desenvolvimentos.
Contactado por O MIRANTE, o vice-presidente do município de Tomar, Hugo Cristóvão, diz que conhece a situação e que os serviços municipais têm notificado o proprietário, embora sem obterem resposta. O MIRANTE apurou que o edifício funcionou como estabelecimento comercial e que, devido a dívidas da empresa gestora e consequente insolvência, encontra-se penhorado e o processo está a decorrer em instância própria.
Situado no cruzamento entre a Rua da Escola e a Rua do Comércio, o avançado estado de degradação do edifício tem sido alvo de apostas no café da aldeia, a poucos metros do local, sobre o dia e mês em que vai ruir definitivamente. No dia da derrocada a população chamou as autoridades que se limitaram a colocar um sinal de perigo que ali permaneceu cerca de duas semanas. “Acho incrível como deixaram ficar tanto tempo este material no meio da estrada colocando em perigo a circulação rodoviária. A falta de proactividade das entidades é de bradar aos céus”, lamenta um dos moradores que preferiu não ser identificado na reportagem.
O facto da fachada estar cada vez mais degradada, prejudicando também a habitação do lado, é motivo de alarme para os moradores uma vez que o Inverno está a chegar e com ele vem o mau tempo. “Se isto ruir de vez e estiver alguém a passar quero ver quem vão responsabilizar. É caso para dizer que só se vão lembrar de Santa Bárbara quando fizer trovoada”, contestam.
Hugo Cristóvão, questionado sobre que pressões têm sido realizadas junto do proprietário, garante que o mesmo já foi notificado várias vezes para realizar intervenções que assegurem as condições de segurança. Como a situação continua por resolver o autarca afirma que o município está à espera que se ultrapassem os prazos legais para tomar medidas mais gravosas nomeadamente tomar posse administrativa do imóvel para, em último caso, proceder à sua demolição.