O concerto de Natal da Orquestra de Vialonga e a adaptação para teatro do conto de Oscar Wilde: O Gigante Egoísta, feita por Anabela Ferreira, coordenadora do Núcleo Museológico de Alverca, concluíram no passado fim-de-semana a programação anual da companhia de teatro Cegada, de Alverca do Ribatejo.

Rui Dionísio, director artístico da companhia Cegada, assume que não foi um ano fácil porque “no contexto das medidas de contenção de transmissão da pandemia, o público afastou-se das salas espectáculos na mesma medida que se afastou de toda a vida social, é natural e compreensível perante uma pandemia mundial” no que afirma representar uma inevitável redução no número de participantes nas acções culturais desenvolvidas.

A companhia considera que ninguém estava preparado para esta situação de saúde pública e que toda a sociedade deu o seu melhor, tanto quanto possível, e nesse sentido a companhia Cegada não foi diferente. “Foi com grande sentido de missão ao serviço público da cultura que toda a equipa esteve empenhada nas soluções necessárias para concretizar um programa cultural bastante ambicioso, onde se inserem 38 espectáculos distribuídos por 52 sessões públicas nos quais se integram as “Noites no Largo do Pelourinho” e “Festival de Cinema Italiano”, refere a companhia de teatro.

A programação desenvolveu-se sem o adiamento ou cancelamento de qualquer das sessões agendadas garantindo assim a remuneração de todos os actores, músicos, técnicos e demais profissionais envolvidos. Uma situação que, diz Rui Dionísio, “muito nos deve orgulhar”.

A companhia Cegada irá agora apresentar, no mês de Janeiro, toda a programação artística do TEIV - Teatro-Estúdio Ildefonso Valério para 2022, que será composta por quatro novas criações, duas produzidas pela companhia residente e uma das quais com direcção de um encenador internacional.