O município do Cartaxo perdeu a presidência da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), que liderava desde 2007, e essa situação mereceu críticas do novo presidente da Câmara do Cartaxo, João Heitor (PSD), que considerou o processo “deselegante”.

A AMPV, sediada em Santarém, foi a sufrágio para os órgãos sociais no dia 25 de Novembro. Foi eleito presidente do Conselho Directivo Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa (Algarve), e Francisco Lopes, presidente da Câmara de Lamego (Viseu), foi eleito presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal.

João Heitor deu nota desta mudança na última reunião do executivo municipal do Cartaxo, realizada a 7 de Dezembro, mostrando-se desagradado “pela forma deselegante como o processo decorreu”. O autarca diz que foi informado das eleições pelo secretário-geral da AMPV, José Arruda, e de que o Cartaxo não iria continuar a presidir à associação.

O autarca do Cartaxo disse a O MIRANTE que não entende o porquê da associação mudar de liderança só depois de se ter registado uma mudança partidária na presidência da Câmara do Cartaxo, que passou do PS para o PSD. Recorde-se que a AMPV foi fundada no Cartaxo pelo então presidente do executivo socialista, Paulo Caldas, e o município do Cartaxo presidia desde então à organização.

Em declarações a O MIRANTE, João Heitor deixou ainda fortes críticas ao contributo da associação para o desenvolvimento dos municípios e dos produtores de vinho. Ainda assim, o autarca diz que o Cartaxo vai permanecer ligado à associação mantendo o cargo de vice-presidente da mesa da assembleia geral, mas não descarta a hipótese de uma saída se não se verificarem resultados positivos para o desenvolvimento do concelho e dos produtores de vinho.