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Cristina Branco acusada de homicídio negligente no acidente que vitimou Sara Carreira
Fadista de Almeirim, Cristina Branco, está acusada de homicídio negligente de Sara Carreira

Cristina Branco acusada de homicídio negligente no acidente que vitimou Sara Carreira

Fadista de Almeirim está acusada juntamente com o namorado da jovem falecida no acidente na A1 próximo de Santarém, em 5 Dezembro de 2020. Há ainda outras duas pessoas acusadas da prática do crime de condução perigosa.

O namorado de Sara Carreira, Ivo Lucas, e a fadista de Almeirim, Cristina Branco, foram acusados de homicídio negligente no caso do acidente que vitimou a cantora, ocorrido há um ano na A1, junto a Santarém.

Na acusação proferida no dia 6 de Dezembro, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público acusa quatro pessoas, sendo Ivo Lucas e Cristina Branco acusados da prática de um crime de homicídio negligente e duas contra-ordenações ao código da estrada, ambas graves, no caso da fadista, e uma leve e uma grave no de Ivo Lucas.

São ainda acusados da prática do crime de condução perigosa outros dois condutores envolvidos no acidente que originou a morte da filha de Tony Carreira: Paulo Neves, acusado ainda por três contra-ordenações ao código da estrada (uma leve, uma grave e uma muito grave), e Tiago Pacheco, também por duas contra-ordenações (uma leve e uma grave).

Segundo a acusação, o acidente, que ocorreu ao final da tarde do dia 5 de dezembro de 2020, já “noite escura” e com períodos de chuva fraca, teve início, cerca das 18h30, com o embate da viatura conduzida por Cristina Branco no veículo de Paulo Neves, o qual circulava na faixa da direita entre 28,04 e 32,28 quilómetros/hora, velocidade inferior à mínima permitida por lei (50 Km/h), e depois de ter ingerido bebidas alcoólicas.

A viatura de Cristina Branco embateu, de seguida, na guarda lateral direita, rodando e imobilizando-se, virada em sentido contrário, na faixa central da A1. Apesar de ter ligado as luzes indicadoras de perigo, a fadista, que abandonou a viatura, é acusada de não ter feito a pré-sinalização de perigo.

O relato do acidente constante da acusação afirma que, cerca das 18h49, Ivo Lucas circulava pela faixa central entre 131,18 e 139,01 quilómetros/hora, velocidade superior à máxima permitida por lei (120 Km/h), não tendo conseguido desviar-se do carro da fadista, no qual embateu com o lado esquerdo, seguindo desgovernado para o separador central e capotando várias vezes até se imobilizar na faixa da esquerda, quase na perpendicular, com parte a ocupar a faixa central.

Pelas 18h51, Tiago Pacheco seguia pela via central entre 146,35 e 155,08 quilómetros/hora afirmando a acusação que não reduziu a velocidade, mesmo apercebendo-se que passava pelo local do acidente, não conseguindo desviar-se da viatura de Ivo Lucas (que ocupava parcialmente aquela faixa), onde este ainda se encontrava, bem como Sara Carreira.

A investigação decorreu na 4.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal da Procuradoria da República da Comarca de Santarém. O advogado de Tiago Pacheco, João Grade dos Santos, disse à Lusa que vai pedir a abertura de instrução.

A fase de instrução é facultativa permitindo que um juiz de instrução criminal decida se o processo segue, e em que moldes, para julgamento. A instrução abrange todos os arguidos, mesmo que seja só um a requerer a sua abertura.

Cristina Branco acusada de homicídio negligente no acidente que vitimou Sara Carreira

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