Quase um terço do orçamento da Câmara do Cartaxo é em despesas com pessoal
Câmara do Cartaxo aprovou o orçamento para 2023, no valor de 28 milhões de euros, com cinco milhões de euros destinados a investimento e 8,3 milhões a despesas com pessoal.
A Câmara do Cartaxo aprovou o orçamento para 2023, no valor de 28 milhões de euros, o maior desde 2018, com cinco milhões de euros destinados a investimento e 8,3 milhões a despesas com pessoal. Aprovado com a abstenção da oposição socialista o documento contempla um aumento de um milhão de euros na despesa com pessoal tendo o presidente do executivo de maioria social-democrata, João Heitor, apontado a necessidade de responder aos aumentos salariais e às progressões nas carreiras.
Para o autarca, apesar de contar com 350 trabalhadores no quadro, a estrutura “é muito frágil” quando comparada com outros municípios lamentando que a classificação como um dos municípios que mais gasta com recursos humanos não tenha em conta o facto de o concelho possuir bombeiros municipais, com 45 trabalhadores alocados a esse serviço. A despesa com pessoal, 29,5% do valor em orçamento, é equiparável à inscrita para aquisição de bens e serviços, 8,2 milhões de euros, frisando João Heitor que, só para custos com electricidade, estão inscritos 1,5 milhões de euros.
Entre os principais investimentos referidos por João Heitor contam-se as obras do novo centro de saúde (ainda em fase de preparação de candidatura) e outras com financiamento comunitário aprovado, no âmbito da regeneração urbana (1,3 milhões de euros inscritos), reabilitação da escola secundária (2,5 milhões de euros) e a Loja do Cidadão (1,3 milhões), esta no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
O vereador socialista Fernando Amorim salientou o facto de este ser “o maior orçamento desde 2018”, crescendo 10 milhões de euros em relação ao deste ano, advertindo para o facto de o município se encontrar sob intervenção financeira e para a necessidade de uma revisão do acordado com o FAM. O autarca justificou a abstenção socialista com o facto de estarem inscritas no orçamento “um conjunto de obras estruturais” que o partido espera ver concluídas em 2023 e por terem sido contempladas algumas das propostas apresentadas.