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Tejo Ambiente investiu 25,5 milhões de euros em saneamento básico no Médio Tejo
José Santos

Tejo Ambiente investiu 25,5 milhões de euros em saneamento básico no Médio Tejo

Empresa intermunicipal, que integra Ourém, Tomar, Mação, Sardoal, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha, aumentou a taxa de cobertura da rede de saneamento básico em 5,2% e está também focada no combate às perdas de água.

A empresa intermunicipal Tejo Ambiente aumentou em 5,2% a taxa de cobertura de saneamento num investimento de 25,5 milhões de euros e investiu cerca de 2,2 milhões de euros em eficiência hídrica. “A Tejo Ambiente tenciona investir cerca de 24,5 milhões de euros entre 2023 e 2030 nos serviços de água e saneamento dando melhores condições aos seus cidadãos e clientes no acesso a bens essenciais com a água e o saneamento. Vamos precisar de fundos comunitários para avançar com todas as obras”. As palavras são do director-geral da Tejo Ambiente, José Santos, no encerramento de um seminário organizado pela empresa intermunicipal intitulado “Os grandes desafios do futuro para o sector”. A iniciativa decorreu a 30 de Novembro, no Teatro Municipal de Ourém.
Outro dos objectivos da Tejo Ambiente é reduzir as perdas de água. José Santos deu como exemplo que em 2019 havia 51,5% de água não facturada e em 2021 esse valor desceu para 46,4%. “O intuito é irmos reduzindo este número”, justificou, acrescentando que a empresa intermunicipal tem futuro. Em dois anos conseguimos fazer um bom trabalho, em equipa, e os resultados começam a aparecer”, referiu José Santos.
O presidente do conselho de administração da Tejo Ambiente, Luís Albuquerque, que também é presidente da Câmara de Ourém, informou que, após dois anos consecutivos a dar prejuízos, a empresa intermunicipal está a começar a dar lucros e os dados serão apresentados no início do próximo ano. O autarca sublinhou que criar uma empresa intermunicipal – que engloba os municípios de Ourém, Tomar, Mação, Sardoal, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha – era um desafio difícil uma vez que os seis concelhos têm realidades diferentes mas mostrou-se fundamental para todos.
A Tejo Ambiente investiu 64% em saneamento; 24% em redes de águas; 8% em eficiência hídrica e 4% na reabilitação da ETAR de Seiça. Houve um aumento da rede de saneamento com 123 quilómetros de colectores, 3.826 ramais, num investimento de mais de 15 milhões de euros. Está previsto investirem mais de 949 mil euros na ETAR de Seiça que normalmente dá problemas de poluição no rio Nabão, que atravessa a cidade de Tomar, quando chove mais do que o normal.

Oportunidades não vão faltar, o dinheiro é que demora a chegar

Quem também marcou presença no seminário foi a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro. Isabel Damasceno elogiou as empresas intermunicipais, sobretudo nas áreas do saneamento e águas, que permitem ganhar escala. A dirigente explicou que os projectos dos ciclos urbanos da água vão passar a ser financiados pelos Programas Regionais uma vez que estão mais próximos dos municípios. No entanto alerta que estes projectos são muito demorados, desde que se iniciam até à chegada real do dinheiro para avançar com as obras. Ressalvou, no entanto, que existem 663 milhões de euros para o programa “Portugal Mais Verde”, a nível da região Centro. “A meta é servir cerca de 98% da população de todo o país com sistemas públicos de abastecimento de água. Oportunidades não vão faltar, o problema é a demora em chegar o dinheiro para que os projectos possam avançar para o terreno”, frisou.

Tejo Ambiente investiu 25,5 milhões de euros em saneamento básico no Médio Tejo

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