Chegou ao fim este mês o projecto-piloto que introduziu 150 trotinetas eléctricas nas zonas ribeirinhas do concelho de Vila Franca de Xira. O projecto, segundo a câmara, funcionou “bastante bem” ainda que tenham sido detectadas fragilidades que carecem de melhoria incluindo a forma como algumas ficavam abandonadas nos espaços públicos e, em alguns casos, nas margens do Tejo. “O projecto terminou, foi avaliado e estamos a procurar parceiros para o poder alargar a outras zonas como as escolas”, explica o presidente do município, Fernando Paulo ferreira.
Dois aspectos que a câmara exigiu ao operador, considerados muito relevantes, foram a limitação da velocidade a que se podia circular e a necessidade das trotinetas serem levantadas ou colocadas em pontos de recolha devidamente marcados. “Isso representou um desafio técnico que ainda não está resolvido a 100% mas é uma das opções a serem feitas para evitar o abandono das trotinetas em espaço urbano”, explicou. Nos últimos dias têm surgido no concelho algumas trotinetas abandonadas mas que o município garante não se tratar das que faziam parte do projecto-piloto municipal. “Já demos indicação para serem retiradas”, garante o autarca.
O objectivo do projecto, recorde-se, era perceber e testar a solução que nem sempre gerou consensos noutras cidades, como Lisboa. O projecto em VFX visou recolher dados sobre os utilizadores e a frequência de utilização das trotinetas, dados que ainda estão em análise. As trotinetas eléctricas estavam equipadas com um sistema de rastreamento por satélite (GPS) que obrigava os utilizadores a deixá-las nos postos de recolha sob pena de verem o desleixo sair-lhes caro no cartão de crédito. O problema é que muitas por ficavam sem bateria antes de conseguirem chegar ao destino e acabavam abandonadas no espaço público.