Bebé cai do sexto andar e sobrevive
João, de dois anos, sobreviveu à queda de uma altura de seis andares no Carregado. O alerta foi dado por uma mulher que se apercebeu de um vulto em queda livre e se aproximou do passeio. O bebé está estável e a recuperar de uma luxação no ombro e fracturas num dos membros inferiores.
Quem olha para a distância em altura entre o passeio e o sexto andar do lote 29 da Praceta Gaspar Corte Real, no Carregado, pode achar impossível alguém sobreviver a tão aparatosa queda. Mas João, o bebé de dois anos que na quarta-feira, 8 de Março, caiu da janela desse sexto andar é a prova de que há fatalidades às quais se escapa quase que por milagre. O menino, que deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, já passou para a enfermaria e está estável, apresentando uma luxação no ombro e fracturas num dos membros inferiores.
“Ao ver a altura da queda achamos que é impossível ter sobrevivido mas nunca perdemos a fé em hora nenhuma. Hoje posso dizer que vi um milagre”, diz a O MIRANTE Márcio Morais que tem passado, tal como a mãe do bebé, os dias e noites no hospital a assistir à recuperação do filho mais novo.
O menino estava em casa com o pai, a mãe e o irmão mais velho quando, sem estes se aperceberem, subiu para o parapeito da janela da cozinha utilizando uma cadeira, abriu-a e caiu do sexto andar. O alerta inicial foi dado por uma mulher que inicialmente pensava que o vulto que acabava de ver em queda livre era um gato. Ao aproximar-se, apercebendo-se que era um bebé, ligou de imediato para o 112.
Em casa, sem suspeitarem do acidente, os pais foram alertados por uma vizinha que lhes tocou à campainha. “Estava desesperada e nós sem entender nada achando que o bebé estava em casa”, conta Márcio Morais, explicando que tudo aconteceu em poucos minutos. Depois sucederam-se momentos de angústia e desespero, amenizados apenas quando a equipa de socorro conseguiu reverter a paragem cardiorrespiratória e alguém confirmou em voz alta: “está vivo”. Já no interior da ambulância o bebé respondeu ao chamamento do pai, que diz sentir culpa por tal incidente ter acontecido com a família tão próxima e ninguém se ter apercebido a tempo de evitar a queda.
O alerta foi dado pelas 18h12 e para o local foi mobilizada a delegação de Alenquer da Cruz Vermelha Portuguesa, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Loures e a GNR que escoltou a ambulância.