uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Tragédia em Vialonga com morte de menina de sete anos esfaqueada pelo avô

A criança morava na Icesa com o avô e a mãe. A progenitora só deu conta do crime quando chegou a casa, na madrugada de terça-feira. O caso está a chocar a comunidade uma vez que não havia indícios de historial de violência doméstica.

Uma criança de sete anos foi morta à facada pelo avô, na madrugada de terça-feira, 14 de Março, no parque residencial da Icesa, em Vialonga. Depois de cometer o crime, o homem, de 69 anos, tentou o suicídio, sem sucesso, e foi transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Até ao fecho desta edição o homem continuava internado sob custódia policial não correndo risco de vida. O caso aconteceu na Rua 1º de Dezembro, no 1º andar do número 2.
Naquele apartamento moravam avô, filha e neta e, segundo relatos dos vizinhos, pelas 23h00 ouviram-se gritos vindos daquela casa, mas ninguém interveio. Por volta das 04h00 a filha chegou a casa e deparou-se com sangue no chão e foi confrontada com a tragédia. Quando os Bombeiros de Vialonga chegaram ao local a criança estava ao colo da mãe, com o sangue já seco. O caso está a chocar a comunidade uma vez que não existiam indícios de violência doméstica. A família também não estava sinalizada como problemática e era vista pelos vizinhos como pacata.
Em declarações a O MIRANTE, o vizinho do terceiro andar, David Gomes, diz que avô, filha e neta moravam há cerca de oito anos naquele prédio e que era uma família tranquila. A mãe da criança tem 24 anos e trabalha. O avô é que tomava conta da neta e a ia levar e buscar à escola. “Dava-me bem com os três e falava com eles na escada do prédio e na rua. Ele parecia uma pessoa perfeitamente normal e calma”, diz David Gomes.
Os vizinhos aperceberam-se de que algo grave se tinha passado quando deram conta do aparato de GNR, Bombeiros e INEM. Nessa altura, David Gomes ouviu a mãe a gritar “A minha bebé, a minha bebé. Já não cheguei a tempo de a proteger...”. A Polícia Judiciária (PJ) foi chamada ao local e está a investigar a ocorrência. A mãe está a ter apoio psicológico. Continua para já sem explicação o motivo do crime.

Mais Notícias

    A carregar...