Chega queria regresso do adjectivo “notável” ao brasão de Vila Franca de Xira
O vereador do Chega em Vila Franca de Xira quis iniciar discussão pública sobre o regresso da designação “Notável Vila Franca de Xira” ao invés do que hoje existe: “Cidade de Vila Franca de Xira”. Proposta foi chumbada pelo PS e pela CDU.
Foi chumbada, na última reunião da Câmara de Vila Franca de Xira, uma proposta do Chega para que voltasse a ser adoptada no brasão do concelho a palavra “notável” ao invés de “cidade”, como acontecia com o brasão aprovado em 1923. A proposta pedia que fosse pedido um parecer à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, sobre a possibilidade de voltar a ser adoptado o termo “notável” na bandeira e que, mediante o parecer recebido, fosse iniciada uma discussão pública com a comunidade sobre o regresso daquele termo à bandeira do concelho.
O objectivo, explicou Barreira Soares, vereador do Chega, era incluir todos os fregueses do concelho no brasão e não apenas a cidade de Vila Franca de Xira, como hoje acontece. “Em vez de cidade passarmos a ter, sim, a notável Vila Franca de Xira, que é um orgulho para todos nós”, frisou. A proposta acabou chumbada com os votos contra do PS e da CDU e os votos favoráveis da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) e Chega.
A palavra notável saiu do brasão e bandeira em Fevereiro de 2001 depois de uma alteração proposta pela câmara e aprovada em assembleia municipal, onde também as cores a vermelho e branco da bandeira passaram a ser triangulares e o brasão passou a ter cinco torres em vez de quatro. “É este brasão e bandeira que representam todo um concelho que é distinto em toda a sua área, com diferentes histórias e passados, mas sob um território comum que é Vila Franca de Xira enquanto concelho” e não apenas como cidade, refere a proposta.
O PS, pela voz de Manuela Ralha, justificou o voto contra com o parecer vinculativo já emitido em 2001 pela comissão de heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que analisou a questão e porque, não sendo vila, já não se aplicava a carta de lei que o tinha definido inicialmente em 1923. “É segundo a lei e as regras científicas da heráldica e da vexilologia o ordenamento que o município estabeleceu e agora usa. Votámos contra a proposta porque conceptualmente não é perceptível como do ponto de vista heráldico e simbólico incluir o título de notável torna a bandeira mais inclusiva”, explicou.