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Blocos habitacionais da antiga EPC em Santarém sem futuro definido

Os blocos de apartamentos dos oficiais da antiga Escola Prática de Cavalaria estão ao abandono há mais de uma dúzia de anos. Vários foram os planos para aquele edificado ao longo dos anos, mas até agora sem resultado. O PCP defende a criação de habitação social.

Os antigos blocos habitacionais da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, regressaram há um par de meses à posse plena do município, gorada que foi a candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para ali ser criada uma residência de estudantes, num processo conduzido pelo Politécnico de Santarém. Afastada essa hipótese, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), diz que está a ser avaliado o que fazer ali, não havendo ainda nada definido.
O autarca deixou essas informações na última reunião do executivo, onde foi questionado sobre o assunto pela vereadora do PS Sofia Martinho. A concelhia do PCP de Santarém também tomou posição sobre o tema, defendendo que ali só pode nascer habitação social. Trata-se de quatro blocos de apartamentos com quatro pisos cada um, num total de 32 fogos. Esse edificado encontra-se ao abandono desde que a unidade militar foi transferida para Abrantes e está em avançado estado de degradação.
Os comunistas dizem que aquele complexo deveria estar há muito recuperado e ser mais um pólo de habitação social do Município de Santarém. “As promessas de ser isto e aquilo foram-se sucedendo ao longo dos anos, para calar as críticas que se faziam ouvir pela vergonha que é ter um conjunto de habitações a degradar-se de ano para ano, durante quase vinte anos, com a crise habitacional que se faz sentir no município e no país”, considera o PCP.
Referindo que, actualmente, a habitação social é responsabilidade do município, o PCP entende que a Câmara de Santarém “deve concretizar a competência que lhe foi atribuída”, acrescentando que “é preciso parar a intenção da câmara municipal de alienar este património” e encontrar financiamento para a recuperação dos 32 apartamentos e destiná-los a habitação social.
Em 2018, a Câmara de Santarém chegou a colocar os blocos de apartamentos à venda com um valor base de 375 mil euros cada bloco de 8 apartamentos, descendo depois o valor para 262 mil euros, mas nem assim conseguiu encontrar interessados.

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