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Nó da A1 à Póvoa não é para já

Município diz que a Brisa mostrou abertura para colocar a obra no pacote de renegociação da concessão que só poderá ser renovada daqui a 12 anos. Até lá a autarquia vai fazendo pressão junto da concessionária e do Governo, alertando para os danos ambientais causados pela falta do acesso à auto-estrada.

A construção na auto-estrada do Norte (A1) do novo nó dos caniços para servir a União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, onde vivem 41 mil habitantes, é considerada uma das prioridades na renegociação da concessão daquela via, explorada pela Brisa. Mas como a concessão só pode ser renovada em 2035 o acesso não será feito antes desse ano. A informação foi avançada em reunião de câmara pelo presidente do executivo, Fernando Paulo Ferreira.
Segundo o autarca “há disponibilidade da Brisa em contemplar essa obra na renegociação, que ainda não começou, mas a obra deve constar como uma das prioridades”. Fernando Paulo Ferreira diz já ter pressionado o ministro das Infra-Estruturas sobre o assunto, mas revela que não obteve qualquer definição concreta de como, quando e onde é que a obra avançará. Uma má notícia para quem vive naquela união de freguesias, que continua a ter que esperar em longas filas para sair da A1 em Alverca por falta e alternativas.
A Câmara de Vila Franca de Xira já tinha aprovado, por maioria, em Fevereiro de 2022, voltar a pressionar o Governo no sentido da construção do nó de forma a permitir um acesso mais rápido à auto-estrada e melhorar o escoamento de trânsito naquelas duas freguesias onde vive 70% da população do concelho. A proposta exigia a definição e reserva de terrenos para a construção do nó, cuja luta pela sua construção dura há quase duas décadas e têm sido mais os recuos que os avanços. Em 2019 a Brisa manifestou abertura para a construção que já em 2014 havia sido incluída numa lista governamental de infraestruturas consideradas prioritárias.
Fernando Paulo Ferreira já tinha defendido que a construção do novo nó à A1 já não é sequer discutível, é uma prioridade, tendo em conta os problemas ambientais que o trânsito tem causado entre Alverca e Póvoa. Para o autarca as vantagens ambientais do dos Caniços são importantes para a despoluição do concelho. “Não é apenas a mobilidade que está em causa, é também a clara vantagem ambiental”, defende. O município continua também disponível para negociar uma solução com o Estado já que a construção do nó não é sua competência directa. Solução essa que poderia passar por a câmara realizar o projecto, fazer as obras e ser depois ressarcida pelos trabalhos, como já fez em outros projectos no concelho.

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