Período de limpeza de terrenos para prevenção de incêndios tem de ser revisto
Munícipe de Tomar foi à última sessão camarária pedir para a autarquia limpar os terrenos envolventes à sua habitação na União de Freguesias de Madalena e Beselga, que classifica como um “barril de pólvora”. Presidente do município explicou como decorre o processo em todo o concelho.
A poucos meses de se iniciar o Verão e, consequentemente, a época de incêndios, um munícipe de Tomar foi à última reunião de executivo pedir ajuda para a limpeza de terrenos na zona envolvente à sua habitação, situada na União de Freguesias de Madalena e Beselga. O cidadão lamentou que haja falta de cidadania por parte de alguns proprietários, que não limpam o que é seu e deixam o local como “um barril de pólvora”. Sobre o período de limpeza dos terrenos para prevenção de incêndios, o munícipe tem dúvidas de que a melhor solução seja realizar o corte das árvores o mais perto possível da época dos incêndios. “Não há épocas sem incêndios, podendo acontecer a qualquer altura do ano. Em Janeiro de 2022 houve 500 fogos”, disse.
Anabela Freitas, presidente da autarquia, também considera que o período de limpeza deve ser revisto e justificou a falta de limpeza na zona da habitação do munícipe por ter saído um decreto que proibiu qualquer tipo actividade de limpeza e corte a partir do dia 7 de Maio de 2022. A autarca explicou que todos os anos é publicado uma listagem das freguesias prioritárias no concelho. “Para o corrente ano são sete as freguesias prioritárias que tem maior risco de incêndio. A União de Freguesias de Madalena e Beselga não é considerada prioritária”, afirmou Anabela Freitas, acrescentando que as freguesias prioritárias são Sabacheira, Asseiceira, Olalhas, São Pedro de Tomar, União das Freguesias de Casais e Alviobeira, União das Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira e União das Freguesias de Serra e Junceira. “Em primeiro lugar vamos fazer corte e limpeza às freguesias prioritárias. No entanto, não podemos entrar em terrenos privados, antes que termine o prazo dado aos proprietários para fazer a limpeza de terrenos, a 30 de Abril”, salientou.
Desapontado, o munícipe receia que “amanhã venha para aqui chorar que perdi tudo o que investi em Tomar, porque a lei é mais protectora dos infractores do que daqueles que cumprem a lei”, referiu. Anabela Freitas mostrou-se solidária; “a multa por não limpar o terreno é mais barata do o dinheiro que se gasta a limpá-lo”, disse.