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Exercício internacional de combate a incêndios florestais em Abrantes

Cerca de 750 operacionais de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e França estiveram em Abrantes durante três dias a participar num exercício para treinar a resposta nacional e europeia a incêndios rurais de grandes dimensões.

O exercício internacional de combate a incêndios florestais que decorreu em Abrantes terminou “com sucesso”, com o comandante regional de Emergência e Protecção Civil a destacar a importância da inter-operabilidade e do Mecanismo Europeu em cenários extremos.
“Os operacionais e os módulos nacionais e internacionais saem daqui todos muito contentes. Os cenários criados superaram as expectativas e foi a primeira vez que foi possível, num exercício de incêndios florestais, conseguir as condições para que trabalhassem com fogo real”, disse à Lusa Elísio Oliveira em Abrantes, onde decorreu durante dois dias, sem interrupções, o exercício EU MODEX PT2023, no âmbito do Mecanismo Europeu de Protecção Civil da União Europeia.
Os cerca de 750 operacionais de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e França estiveram a participar de 3 a 5 de Maio, num exercício que visa treinar a resposta nacional e europeia a um incêndio rural de grandes dimensões, num cenário complexo, com múltiplas ocorrências, e que estava a afectar vastas áreas florestais com um grande número de aglomerados populacionais no seu interior.
Segundo o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Comando Regional de Lisboa e Vale do Tejo, num balanço efectuado no final do exercício, “durante estes dias foram criados cerca de 20 cenários diferentes”, alguns dos quais em simultâneo, “com perto de 200 injecções” de ocorrências passíveis de ocorrer num cenário de extrema complexidade.
Aterragem de emergência de um helicóptero, aplicação do programa ‘Aldeias Seguras, Pessoas Seguras’, evacuação de aldeias, acidentes com pessoas a fugirem do fogo, criação de linhas de protecção, e combate directo e aéreo às chamas foram alguns dos cenários testados e recriados.
“Tentámos recriar um conjunto de incidentes que, na realidade, podem acontecer nos incêndios, com condições extremamente difíceis e onde, em alguns locais, não era possível trabalhar com veículos, tendo sido necessário ir a pé e montar linhas de mangueira com mais de dois quilómetros”, ilustrou Elísio Oliveira.
A secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, esteve na quinta-feira, 4 de Maio, no terreno, tendo destacado a importância da preparação para situações extremas de incêndios florestais, expectáveis no Verão, face às previsões, quer nacionais quer europeias, que indicam “uma alta possibilidade de ter um Verão difícil, complexo, com temperaturas acima do normal”.

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