Samora Rural recriou tradições e costumes de antigamente
Crianças e idosos da freguesia de Samora Correia visitaram o Samora Rural. A iniciativa recriou vivências e profissões antigas e deu a conhecer aos mais novos várias espécies de animais.
As crianças das escolas de Samora Correia e os utentes do lar da Fundação Padre Tobias visitaram o Samora Rural. A mostra de tradições e costumes fez uma viagem ao passado através da exposição de profissões antigas e maquinaria agrícola. A iniciativa da Junta de Freguesia de Samora Correia teve a sua sexta edição de 3 a 8 de Maio. Cerca de 1.200 crianças e alunos divertiram-se com os animais cedidos pela Companhia das Lezírias e criadores particulares.
As éguas, cabrestos, vacas e alguns animais de pequeno porte como ouriços e porcos-da-índia são emprestados por particulares durante o certame. Os patos, pombos e cocós são residentes do espaço uma vez que são tratados pela junta durante todo o ano. As crianças visitaram o certame acompanhadas pelos guias que explicaram as profissões antigas. Os mais novos passaram ainda pela horta pedagógica onde ficaram a conhecer as árvores de fruto.
Os mais velhos recordaram os tempos de juventude quando compravam a granel nas mercearias. É o caso de Joana Zacarias, 78 anos, que se lembra de pedir meio litro de azeite, 250 gramas de bacalhau ou uma quarta de toucinho, conforme o dinheiro que tinha.
O presidente da Junta de Samora Correia, Augusto Marques, explicou que as exposições retratam as lojas que existiam na Rua Associação Comercial de Lisboa, que antigamente se chamava Rua do Grilo. São as tabernas, o barbeiro, o alfaiate, a tertúlia e a quermesse. “Os idosos ficam emocionados quando visitam o Samora Rural. As pessoas gostam de recordar aquilo que existia. Já as famílias que vieram para cá residir podem ter contacto com estas vivências. Temos muita agricultura e animais mas estão afastados do centro da cidade”, diz.