Creche não avança em Monsanto por falta de certidão permanente
A creche que estava previsto abrir no edifício de uma antiga escola primária em Monsanto não conseguiu obter financiamento por falta de um documento de certidão permanente. A informação foi dada pelo presidente da Junta de Freguesia de Monsanto, Samuel Frazão, na última sessão da Assembleia Municipal de Alcanena, onde não escondeu o seu desalento pela situação. Samuel Frazão explicou que o projecto de financiamento da creche, que teria capacidade para 60 crianças, não avançou porque a certidão permanente do espaço perdeu-se inviabilizando o projecto. “Espero que a creche possa vir a ser uma realidade apesar deste imprevisto. Esta é uma escola que é pública há cerca de meio século, é impossível não existir uma certidão permanente”, lamentou o autarca que está no primeiro mandato.
O presidente da Câmara de Alcanena referiu que o processo está concluído e quando houver nova oportunidade de financiamento vão avançar com o projecto. “Este imóvel sempre foi do Estado, não faz sentido não o conseguirmos registar. O problema é que este é um processo que vem do tempo em que ainda não existia o município de Alcanena”, justificou Rui Anastácio.
O autarca acrescentou que o município possui a caderneta fiscal e nas Finanças o imóvel é propriedade da Câmara de Alcanena. “Aquele edifício sempre foi público. Não entendo porque é que o Estado não facilita este processo. Não existe risco de apropriação do local porque é uma escola e sempre foi património público. Uma declaração do município deveria ser suficiente para avançar com o processo”, sublinhou o presidente da Câmara de Alcanena.