Dor e emoção no último adeus à jovem polícia do Sardoal que morreu em serviço
Morte prematura deixou a aldeia de Cabeça das Mós em choque. Teresa Roldão tinha 28 anos e morreu na sequência do despiste do carro-patrulha da PSP, chamado para desimpedir a passagem a uma ambulância.
Foi num ambiente de tristeza e consternação que largas dezenas de pessoas, incluindo familiares, amigos e ex-colegas de profissão, assistiram emocionados às cerimónias fúnebres de Ana Teresa Roldão, a agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) que morreu na sequência de um despiste de automóvel em Sacavém. No funeral da agente, que se realizou no sábado, 12 de Agosto, na igreja da aldeia de Cabeça das Mós, no Sardoal, também esteve presente, em representação do Governo, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o director nacional da PSP, Magina da Silva.
Após a cerimónia religiosa, o corpo de Teresa Roldão seguiu pelas 13h30 para o crematório do Entroncamento sob escolta da PSP. A urna encontrava-se coberta com uma bandeira nacional, seguindo atrás antigos colegas de profissão que fizeram questão de perpetuar a memória da agente carregando em mãos fotografias e coroas de flores.
A agente Ana Teresa Roldão, de 28 anos, natural de Cabeça das Mós, exercia funções no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP desde 2022, actualmente na divisão policial de Loures, na esquadra de São João da Talha. Morreu na madrugada de quinta-feira, 10 de Agosto, ao volante do carro-patrulha em que seguia com três colegas, em Sacavém, no concelho de Loures. O carro embateu num bloco de cimento quando se dirigia para a zona de Camarate onde um carro estava a impedir a passagem de uma ambulância. Teresa Roldão ainda foi transportada ao hospital mas não resistiu aos graves ferimentos. Dos outros três agentes feridos, dois permaneciam internados até à data de fecho desta edição.
Teresa Roldão formou-se na Escola Prática de polícia de Torres Novas, tendo frequentado o mesmo curso de Fábio Guerra, o agente que foi assassinado à porta de uma discoteca em Lisboa. Recentemente, a agente tinha ido visitar a escola onde entrou, segundo um antigo professor, “com a alegria e confiança” que sempre a caracterizaram.