Oposição junta-se e chumba projecto de cinco milhões no Entroncamento
Projecto previa a requalificação da Rua Elias Garcia, com ligação pedonal e criação de uma praça em frente ao Museu Nacional Ferroviário, incluindo um parque de estacionamento subterrâneo livre e um novo edifício para a biblioteca municipal.
Os autarcas da oposição na Câmara do Entroncamento uniram-se para chumbar uma proposta da maioria socialista que implicava a implementação de um projecto de requalificação urbana, com um investimento de cerca de 5 milhões de euros, que prometia “uma nova centralidade” para a cidade, com a requalificação da zona norte e a construção de um novo edifício para a biblioteca municipal. Os vereadores do Partido Social-Democrata (PSD) e o vereador Luís Forinho, eleito pelo Chega, agora independente, votaram contra o projecto na reunião de câmara de 5 de Setembro.
Recorde-se que, tal como O MIRANTE noticiou, na reunião extraordinária de 4 de Agosto os vereadores da oposição chumbaram as alterações ao projecto propostas pelos socialistas. Rui Madeira (PSD) explicou que a oposição reconhecia a importância e apoiava a construção de uma nova biblioteca no concelho, uma vez que considera que a actual está obsoleta em termos de serviços, mas na sua visão o novo espaço deve ser mais abrangente e incluir outras actividades que não só funções de repositório e empréstimo de livros.
Na última reunião do executivo, Rui Madeira explicou, em declaração de voto, que as sugestões apresentadas anteriormente, para melhoria das funcionalidades e valências da biblioteca, não foram tidas em consideração e que o próprio edifício, da forma como está idealizado, limita essas melhorias, devendo o mesmo ser mais ambicioso e reformista. Luís Forinho acrescentou que a biblioteca se encontra ultrapassada, com pouca informação e que representa um custo para o município, não fazendo sentido investir num novo edifício que sirva como repositório de livros e não direccionado para as tecnologias futuras.
Jorge Faria (PS), presidente do município, diz que o projecto incide na reabilitação urbana, com renovação de uma zona da cidade e um novo espaço moderno para a biblioteca. O presidente não escondeu a sua indignação com a decisão dos autarcas da oposição, referindo que em todo o seu mandato sempre tomou medidas a favor da cultura e que este projecto iria beneficiar o concelho.