Autarca de Azambuja defende criação de Polícia Municipal para combater criminalidade
André Salema diz que o concelho precisa de uma fiscalização eficaz para combater os actos de vandalismo constantes e a deposição ilegal de entulho. Acusa ainda o município de não estar a cumprir o seu papel de fiscalizador do espaço público.
O presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, André Salema, defendeu, na última sessão da Assembleia Municipal de Azambuja, a criação de Polícia Municipal no concelho, como forma de combater a criminalidade nomeadamente os actos de vandalismo constantes no espaço público. O autarca socialista considera ainda pertinente a instalação de câmaras de videovigilância em locais estratégicos.
“São milhares de euros que o município e as juntas de freguesia gastam em manutenção dos espaços públicos” para reparar infraestruturas que são vandalizadas, disse o presidente de junta que considera urgente resolver o problema da criminalidade “pela raiz, fiscalizando no terreno e vigiando”.
Neste sentido, André Salema sugeriu ao presidente do município, o também socialista Silvino Lúcio, que reservasse 60 mil euros do orçamento para a criação de policiamento municipal. “Está na hora do concelho de Azambuja ter um corpo de polícia municipal para fiscalização do concelho, desde o lixo, publicidade, esplanadas, seja do que for. Está na hora de avançarmos, já percebemos que o serviço de fiscalização municipal não está a funcionar”, disse.
O autarca mencionou e lamentou ainda que os serviços jurídicos do município não tenham dado resposta a quatro pedidos da junta de freguesia, que identificou quatro suspeitos de terem feito deposição ilegal de lixo na freguesia de Azambuja. “Não pode ser, existem provas, tem que se avançar. Se deixarem passar os prazos de fazer queixa ao Ministério Público é grave”, alertou André Salema, vincando que os fregueses de Azambuja têm sido “demasiadamente penalizados”.