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Benavente é a solução mais vantajosa na corrida pelo novo aeroporto internacional

Relatório preliminar da Comissão Técnica Independente aponta o Campo de Tiro de Alcochete, no concelho de Benavente, como a solução mais vantajosa entre as duas que considera viáveis. A outra é Vendas Novas. A opção Santarém foi excluída por incapacidade de navegação aérea.

A opção que envolve o Campo de Tiro de Alcochete, no concelho de Benavente, é identificada como a que apresenta mais vantagens, entre as duas soluções viáveis para um ‘hub’ (aeroporto que funciona como plataforma de distribuição de voos) intercontinental, segundo o relatório publicado na terça-feira, 5 de Dezembro, na página da Comissão Técnica Independente (CTI).
De acordo com o relatório preliminar da CTI, responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, que estudou nove opções, são viáveis as soluções Aeroporto Humberto Delgado (AHD) + Campo de Tiro de Alcochete, até ficar unicamente Alcochete com mínimo de duas pistas, bem como AHD + Vendas Novas, até ficar unicamente Vendas Novas, também com um mínimo de duas pistas.
AHD + Santarém e Santarém como aeroporto único “não são opção por razões aeronáuticas (de navegação aérea)”, apontou a CTI. Mesmo com três pistas a funcionar, Santarém teria a mesma capacidade que actualmente tem hoje o aeroporto de Lisboa, avançou a CTI. Já as opções AHD + Montijo e Montijo como ‘hub’ foram classificadas como “inviáveis para um ‘hub’ intercontinental”, por razões aeronáuticas, ambientais e económico-financeiras “devido à sua capacidade limitada para expandir a conectividade aérea”.

Satisfação em Benavente, mas Santarém não desiste
O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), recebeu com satisfação a notícia de que o Campo de Tiro de Alcochete, situado na freguesia de Samora Correia, é a melhor opção para o novo aeroporto. “É um dia feliz para todos e um desafio para o território. A posição política fica amarrada por este relatório que remete para uma localização efectiva. Para nós, que conhecemos o território, esta infraestrutura merece da nossa parte muita atenção, mas não vamos descaracterizar o concelho”, declarou a O MIRANTE. O autarca recordou que em 2008 a localização Campo de Tiro de Alcochete já tinha sido considerada e na altura defendida pela autarquia. Carlos Coutinho reitera que a localização é a que melhor serve o país e que é uma infraestrutura positiva para a região.
Numa curta declaração a O MIRANTE também em cima do fecho desta edição, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), que assistiu à apresentação do relatório da CTI em Lisboa, sublinhou que o processo ainda não está concluído. “Pelo que estou a ver, a CTI está a fazer o que todos diziam que iria fazer, colocar Alcochete como a melhor solução. Só que as vantagens de Alcochete são potenciais, pois dizem que uma das mais-valias desta solução é a nova travessia sobre o Tejo, que ainda não está concluída. Este é um relatório preliminar que vai agora para discussão pública. Nesta fase de discussão pública iremos continuar a defender Santarém como a melhor solução. Ainda não terminou”.

Próximo Governo tem a palavra
O relatório preliminar entrará em consulta pública durante 30 dias úteis findo esse prazo a CTI, após avaliar “a racionalidade, o mérito, a oportunidade e a pertinência técnica de cada um desses contributos, à luz dos factores críticos para a decisão”, fará então o relatório final. Com a elaboração deste relatório final ficará concluído o mandato da CTI, ficando depois a decisão final nas mãos do próximo Governo.
A CTI estudou nove opções possíveis para o novo aeroporto. Às cinco opções avançadas pelo Governo: AHD+Montijo; Montijo+AHD; Campo de Tiro de Alcochete (Benavente); AHD+Santarém; Santarém - foram adicionadas mais quatro opções: AHD+Campo de Tiro de Alcochete (Benavente); Pegões; AHD+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.
O quadro de avaliação estratégica para cada uma destas opções teve em conta cinco factores críticos de decisão, nomeadamente: segurança aeronáutica, acessibilidade e território, saúde humana e viabilidade ambiental, conectividade e desenvolvimento económico e investimento público e modelo de funcionamento.

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