A história de superação de Luís Jejum em livro
Luís Jejum sofreu um acidente em 2017 que o deixou paraplégico. No sábado, 16 de Dezembro, lançou o livro “Luís Jejum – O (re)começo dos sonhos”.
Luís Jejum, que ficou paraplégico ao cair de cabeça numa prova de BTT na Carregueira, concelho da Chamusca, em 2017, acabou de lançar o livro “Luís Jejum – O (re)começo dos sonhos”. O lançamento aconteceu no sábado, 16 de Dezembro, no Edifício do Equuspolis, na Golegã. A autora do livro é Catarina Betes, de Azinhaga, concelho da Golegã, e professora e sub-directora no Agrupamento de Escolas de Marinhais.
O MIRANTE entrevistou Luís Jejum em Abril de 2021. Luís Jejum é, e sempre foi, um homem do desporto. Antes de ficar paraplégico praticava futsal, hóquei em patins, natação e bodyboard. Para além de ginásio voltou a conseguir nadar e a percorrer quilómetros numa handbike, uma bicicleta adaptada em que os braços substituem as pernas. “O desporto tirou-me as pernas, mas tem-me dado forças para me continuar a agarrar à vida”, sublinhou na entrevista. Em Setembro deste ano participou na quinta e última prova da Taça de Portugal de Paraciclismo 2023 e foi o mais rápido na categoria H2.
Luís Jejum esteve dez meses a caminhar de hospital em hospital durante os primeiros tempos e foi incansável na sua recuperação. A mulher e as filhas viajavam, todos os dias, cerca de 130 quilómetros para estar com ele durante um par de horas. “Foram tempos de solidão mas nunca me senti sozinho”, desabafou na altura da nossa conversa.
Para além do desporto, Luís Jejum trabalha oito horas por dia no sector administrativo de uma empresa na Golegã. Os seus dias, vincou, são mais preenchidos agora do que quando mexia as pernas e podia andar para onde quisesse. Sem hesitar, afirmou que é mais feliz nos dias de hoje do que era antes do acidente. Construiu, nos últimos anos, uma armadura difícil de penetrar e passou a dar mais valor às pequenas coisas e a não perder tempo com “futilidades”.